Manjar de Coco e Tapioca com Coulis de Frutas Vermelhas - Sem Glúten e Sem Lactose - Irresistível!


Imagine uma sobremesa dos Deuses...Daquelas que você come bem devagarinho para desfrutar o sabor ao máximo... É esta!
O azedinho das frutas vermelhas combina maravilhosamente com a suavidade e a doçura do coco. Perfeito! Além de ficar lindo no prato. Super fácil de fazer, o manjar nem vai ao fogo. São 20 minutinhos.

Ingredientes do Manjar
1 xícara de tapioca granulada (veja as dicas)
4 xícaras de leite de coco caseiro ou de litro (veja as dicas)
1/4 de xícara de água
4 colheres de sopa de açúcar (não muito cheias)
1 xícara de coco ralado fresco
2 gotas de essência de baunilha (opcional)
1 pitada de cardamomo em pó (opcional)

Modo de Fazer
1 - Coloque o leite de coco numa tigela e leve ao microondas para amornar. Acrescente a tapioca, misture e deixe hidratando por 10 minutos.

2 - Leve ao fogo 1/4 de xícara de água e o açúcar e mexa até dissolver bem. Espere esfriar um pouco e acrescente à mistura de tapioca.

3 - Acrescente o coco, a baunilha e o cardamomo. Misture bem e coloque em uma forma de pudim molhada. Leve à geladeira por 12 horas. Solte as laterais com uma espátula fina, desenforme e sirva com o Coulis de Frutas Vermelhas.

Ingredientes do Coulis de Frutas Vermelhas
1 pacote de mix de frutas vermelhas ou morangos congelados
1 xícara de água
1/2 xícara de açúcar

Modo de Fazer
1 - Coloque tudo numa panela e leve ao fogo, mexendo delicadamente.

2 - Quando as frutas estiverem totalmente descongeladas e macias, retire-as da panela com uma escumadeira e reserve.

3 - Elas terão soltado bastante pectina na calda, que estará vermelha. Comece a redução da calda para dar o ponto, mantendo o fogo médio e misturando.

4 - Quando começar a espumar e engrossar um pouco, desligue o fogo. Quando esfriar, acrescente as frutas vermelhas reservadas. Leve à geladeira.

5 - Quando desenformar o manjar, cubra com a calda e sirva.

Dicas
1 - Não adianta usar a tapioca comum, forma uma goma e não dá certo, tem que ser a granulada. Você encontra em empórios de grãos e casas de produtos naturais. Ela é mais dura em vem em formato de pellets, veja a imagem:

tapioca granulada


2 - Leite de Coco - Não use o de garrafinha, que é muito concentrado, o sabor não fica bom. Use o caseiro, batendo o coco no liquidificador e coando. Quando estou com preguiça de fazer em casa, uso este aqui.
Cada caixinha tem 1 litro. É bem suave, uso também como substituto do leite de vaca no dia a dia. Existem outras marcas, mas não as encontro por aqui.


Espero que possam se deliciar com este verdadeiro Manjar dos Deuses!






Correndo com Lobos Capítulo 9 : Pele de Foca, Pele de Alma


Este capítulo traz a possibilidade não apenas do resgate da alma, mas de descobrirmos  o nosso lugar, nosso santuário, o lugar de repouso em nós mesmas. 

Através deste lindo conto de tradição xamânica do povo inuit (esquimós) entramos em contato com uma riqueza simbólica  que nos conduz até a fronteira entre a alma e o espírito.

A história é muito longa, conta como surgiu o primeiro xamâ (curador) deste povo, é cheia de detalhes que não conseguirei resumir neste post, mas quem não tem o Livro "Mulheres que Correm com os Lobos" pode ler o conto aqui.

Este conto tem três chaves para a sua compreensão simbólica: o significado psicológico da pele, a importância das águas para a vida interior,  e a definição de Lar (e como retornar a ele).


pele é o maior órgão do corpo humano, a fronteira entre o nosso corpo e o ambiente, e nos dá a sensação de integridade física e de unidade. "Estar bem em sua pele” significa ser inteiramente  dona de si mesma, conectada com a essência do seu próprio Ser.

No conto, a mulher-foca é um ser encantado que perde sua pele e precisa reencontrá-la para poder voltar ao reino submarino. Perder a pele, significa esquecer-se de si, da sua natureza.

Como perdemos a pele da alma? 
Quando ficamos muito envolvidas com o ego, sendo perfeccionistas, nos martirizando desnecessariamente, quando estamos insatisfeitas e não fazemos nada com isso, quando tentamos ser uma fonte ilimitada para os outros .

E o que isso causa em nós?
Sem a pele, nosso corpo desidrata, resseca. Sem a pele da alma nada  faz nossos olhos brilhar, ficamos entorpecidas, nada parece fazer sentido.

A água é a fonte da vida e não serve apenas para matar a sede e ser o veículo das reações bioquímicas de nosso organismo. 

Ela tem a função profunda de vivificar a existência. Ela carrega nossos sentimentos. Tanto assim, que todas as religiões e culturas têm rituais e práticas espirituais envolvendo a água.

O contato com essa função psíquica simbolizada pela água (o sentimento) permite que voltemos ao Lar. 
O lar é uma disposição interna que nos permite vivenciar a imaginação, a paz e a liberdade. É quando nossa vida instintiva funciona bem e nos sentimos conectadas conosco e com algo maior.

Há vários veículos que podem nos conduzir para o lar: o silêncio, a solidão, a prece, a música, a arte, a dança, a poesia, a natureza, o sol, o  brincar… enfim, o que a sua alma pedir!

Com toda esta riqueza simbólica trabalhamos corporalmente a pele, o equilíbrio, e novamente buscamos o estado de Presença através do Movimento Autêntico que resultou na linda escrita poética que você pode ler aqui.

Este encontro foi uma jóia preciosa para o colar da nossa jornada.

Foi maravilhoso estar com vocês novamente.
Até o próximo!


Manual de Ervas para os Ciclos Femininos - E-book Grátis!

Autora: Mariana Almeida
Apoio: Matricaria

Excelente referência para o uso de ervas medicinais em todas as fases de nossa vida: TPM, cólicas, gravidez, pós parto, amamentação e menopausa.

Bem didático, ensina o uso das ervas em chás, compressas, banhos e etc...de acordo com a necessidade.

Vale à pena!

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Filme - O Homem Que Viu O Infinito

O Homem Que Viu o Infinito
India - Reino Unido
2015

Este filme me tocou profundamente. Belo e repleto de significados.

Conheci assim a vida de Ramanujam (1887 - 1920), um dos matemáticos mais brilhantes da história, mas quase totalmente desconhecido. 

Ele era indiano (quando a Índia era colônia britânica), pobre, não tinha estudos. Mas tinha visões de cálculos matemáticos complicadíssimos quando ia ao templo da Deusa Namagiri (uma das formas da Deusa Lakshimi).

Sempre que estava meditando ou realizando práticas devocionais, tinha visões de equações matemáticas que não compreendia. Tornou-se autodidata para aprender matemática e tentar entender as visões que a Deusa lhe enviava.

Foi se aprofundando cada vez mais e tornou-se brilhante, mas vivendo em condições precárias e totalmente desconhecido. Escreveu cadernos e mais cadernos de cálculos que ninguém entendia, achavam que estava louco...

Até que um dia consegue uma bolsa para uma Universidade inglesa. Mas ele era brâmane, e eles são proibidos de cruzar o oceano. Viu-se diante de um grande dilema... Conseguiu vencer este limite e chegou à Inglaterra, mas não sabia que desafios incríveis estariam por vir!

Ele revolucionou a matemática, suas descobertas permitiram o cálculo da Teoria da Relatividade, das viagens espaciais e muitos outros grandes feitos. Seus cadernos repletos de cálculos feitos à lápis estão hoje num museu ao lado dos cadernos de Isaac Newton.

Emocione-se com a trajetória de um homem com um profundo senso de missão, movido pela fé em profunda conexão com o Sagrado Feminino. 

Recomendo!

Disponível no Netflix



O Mês de Abril, a Páscoa e o Feminino Sagrado - Parte 2

E então, lembram da Deusa do Paraíso?



Pois é...Muitos séculos depois, surgiram povos semitas no oriente médio que adoravam a Rainha do Paraíso, também chamada de Asherah ou Astarte; e o seu consorte, o Deus do Trovão.

Este Deus, por simbolizar o Trovão, não era representado em imagens, somente através da luz do relâmpago e do fogo, e seu nome composto de quatro letras (IHVH) era impronunciável (posteriormente, na Bíblia, seu nome foi traduzido como Iavéh ou Javé ou Jeová).

No Renascimento, Michelangelo o representou na Capela Sistina:

Aos poucos eles foram abandonando a Deusa do Paraíso e adorando somente ao Deus JavéSó que o Deus isolado de sua contraparte feminina foi se transformando num Deus severo… como podemos ver no Velho Testamento.

Estes povos deram origem aos hebreus e a uma nova religião: o judaísmo


Posteriormente esse povo foi escravizado no Egito, e através de uma longa saga protagonizada por Moisés, foi libertado exatamente no dia 14 do mês de Nissan de 1280 A.C. (que coincidia com a época das festividades pelo renascimento da natureza). 

Eles passaram a comemorar esta data não apenas como um renascimento da natureza, mas também como um renascimento espiritual, a Festa da Libertação, chamada de Pesach (Páscoa, em hebraico). 


Séder de Pesach/ Ceia de Páscoa

Muitos séculos depois surgiu um homem sábio chamado Jesus de Nazaré, que também era judeu e comemorava todas as festividades de sua cultura, como o Pesach (Páscoa). A Santa Ceia ou a última ceia de Jesus foi exatamente a celebração da Páscoa judaica. 



A vida de Jesus deu origem a uma nova religião: o cristianismo. E nos seus primórdios, não havia comemorações do nascimento e nem da ressurreição de Cristo. Os discípulos se concentravam apenas em compreender e praticar seus ensinamentos.

Só que à medida que a religião foi se propagando, buscando novos adeptos, foi incorporando outros costumes, tentando dar-lhes uma roupagem cristã.

Portanto, ao chegar no continente europeu, as festividades de honra às Deusas pelo renascimento da natureza, que coincidiam com a época da ressurreição de Cristo e  da libertação dos hebreus, foram incorporadas ao calendário cristão.

Mas a Deusa continua entre nós através de seus antigos símbolos (ovos e coelhos), que permaneceram mesmo após tantos séculos… e apesar de várias metamorfoses, a essência desta celebração não mudou!

Que  possamos nos lembrar disso e buscar a renovação externa e interna, que cultivemos nosso  jardim com esperança pela nova colheita e pelo desabrochar das flores da alma.
Feliz Páscoa! 



Para ver a primeira parte, clique aqui.