Momento de Revitalização - Invocando a Sabedoria Interior


Deixe as mãos repousando suavemente em seu peito.

Permita que a respiração toque suas mãos à partir de dentro, 
como se as estivesse beijando.

Deixe a consciência se assentar neste espaço do coração.

Aqui está o trono da sua guru interna, sua guia interior.

Estabeleça em si mesma essa disposição de honrar, de reverenciar.

De realizar uma prostração interna em frente ao trono do seu coração.

E apenas respire...

Chameli Ardagh



Correndo com Lobos - Capítulo 10 - O Resgate da Vida Criativa


Já estamos no capítulo 10, um dos mais densos do livro. São dois contos de espanto, assustadores mesmo, mostrando tudo o que não se deve fazer; para ver se a ficha cai, não é? E o terceiro conto mostra a saída.

Todo este capítulo é dedicado ao cuidado que precisamos ter com nossa alma para preservar e resgatar a vida criativa.

Foi um encontro muuuito longo! Impossível falar de tudo que trabalhamos...Mas vou destacar alguns pontos chave.


O primeiro conto: "La LLorona",  mostra o que acontece quando uma mulher coloca o centro de sua vida em outro lugar que não seja dentro dela mesma. No conto, sua âncora está no homem que ama. No momento em que ele a troca por outra ela fica à deriva e destrói tudo o que vê pela frente, inclusive a si mesma. Se você não tem o livro, pode ler o conto aqui

A mensagem deste conto é muito clara: ancore-se na sua própria vida interior, crie um espaço de cuidado e carinho para si mesma, não espere que os outros façam o que somente você pode fazer por si mesma.


O Segundo Conto: "A Menininha dos Fósforos" também é muito impactante. (Se você não tem o livro pode ler o conto aqui.

Os alertas  deste conto: Se você está num lugar que não lhe faz bem, que drena sua energia, saia daí!  E as pessoas que não valorizam sua alma, suas idéias, sua arte, seu trabalho; não merecem o seu tempo!

Não faça como a menininha do conto, não venda sua luz. Lembre-se do que a autora diz em todos os capítulos: A ingenuidade não é um atributo da mulher selvagem.

O terceiro conto : "Os Três Cabelos de Ouro", mostra que somente podemos recuperar a energia e o frescor da vida se nos permitirmos parar! (se não tem o livro, pode ler o conto aqui).

A última grande lição do capítulo é: crie tempo para cultivar a sua alma, para fazer aquilo que te nutre, inclusive para poder simplesmente não fazer nada e sonhar...

No ano passado aprendemos bastante sobre os  cuidados com o músculo íleopsoas, o "músculo da alma". Neste ano vamos aprender a modular o nervo vago, o "nervo da alma". 

O maior nervo do corpo humano, que se estende desde a cabeça, pescoço, árvore respiratória, coração, diafragma até o abdome. Regulando muitas funções vitais como pressão arterial, respiração, batimentos cardíacos, digestão e principalmente a sensação de bem estar.

Nas vivências de consciência corporal trabalhamos a respiração: soltando as tensões musculares das cadeias posteriores, desbloqueando o diafragma e trazendo a consciência para o lugar onde a respiração nasce. Para aprender a regular o nervo vago e trazer bem estar para corpo e mente.



Pois como já vimos: A respiração é a senhora da mente. E para poder parar, ancorar em si mesma, centrar-se, é preciso respirar!

E o que é a meditação senão parar e focar sua atenção em outra coisa que não sejam seus próprios pensamentos?


Depois partimos para o Movimento Autêntico, uma prática profunda e muito transformadora, que integra todo o corpo e expande a alma.

Expressamos nossas emoções e imagens interiores através da escrita poética que você poderá ver aqui.

Ufa! Muita coisa, hein....

Vocês estão de parabéns, fizemos um lindo trabalho e no mês que vem tem mais: O Resgate da Sexualidade....





Filme - Moana - Um Mar de Aventuras

Moana
Um Mar de Aventuras
Disney - 2016

Este belíssimo filme tem tudo a ver com o tema que trabalharemos no encontro deste mês. 

Chega de princesas esperando pelo príncipe encantado. Agora as meninas têm outros interesses na vida, como por exemplo...salvar o mundo!

O roteiro é bem criativo e baseado na mitologia da Polinésia, vai encantar adultos e crianças. Sem falar nos efeitos especiais maravilhosos.

Mostra que a força da natureza, representada pela Deusa Te Fiti,  pode ser criativa ou destrutiva, dependendo do respeito com que for tratada.

Fala sobre atender ao chamado interior e descobrir seu lugar no mundo, apesar das dificuldades.

Todas as personagens femininas são fortes, cada uma à sua maneira: a avó com sua "loucura",  seus enigmas e histórias; a mãe com sua constância e apoio no momento certo; e Moana é claro, com uma determinação invencível. 

Não há a madrasta malvada e a mocinha passiva, vítima do destino...Os tempos estão mudando até na Disney!

Achei interessante ver que mesmo o Semi-Deus Maui, que seria o vilão, tem muitos aspectos humanos: contradições, dúvidas, angústias, vaidade...Na verdade, ele tem um papel que na psicologia é denominado "trickster",  ou seja, um personagem que age de formas não convencionais para que o herói ou heroína se desenvolvam.

Através dos obstáculos que ele cria, Moana cresce e se fortalece. Mas no final ele consegue perceber seu erro e torna-se um aliado para que ela possa completar sua missão.

Ela é ótimo exemplo do que Clarissa Pínkola Estés chama de "a mulher selvagem", ilustra bem os temas que serão discutidos no capítulo 10.

Uma delícia de filme, recomendo a todas!




Manjar de Coco e Tapioca com Coulis de Frutas Vermelhas - Sem Glúten e Sem Lactose - Irresistível!


Imagine uma sobremesa dos Deuses...Daquelas que você come bem devagarinho para desfrutar o sabor ao máximo... É esta!
O azedinho das frutas vermelhas combina maravilhosamente com a suavidade e a doçura do coco. Perfeito! Além de ficar lindo no prato. Super fácil de fazer, o manjar nem vai ao fogo. São 20 minutinhos.

Ingredientes do Manjar
1 xícara de tapioca granulada (veja as dicas)
4 xícaras de leite de coco caseiro ou de litro (veja as dicas)
1/4 de xícara de água
4 colheres de sopa de açúcar (não muito cheias)
1 xícara de coco ralado fresco
2 gotas de essência de baunilha (opcional)
1 pitada de cardamomo em pó (opcional)

Modo de Fazer
1 - Coloque o leite de coco numa tigela e leve ao microondas para amornar. Acrescente a tapioca, misture e deixe hidratando por 10 minutos.

2 - Leve ao fogo 1/4 de xícara de água e o açúcar e mexa até dissolver bem. Espere esfriar um pouco e acrescente à mistura de tapioca.

3 - Acrescente o coco, a baunilha e o cardamomo. Misture bem e coloque em uma forma de pudim molhada. Leve à geladeira por 12 horas. Solte as laterais com uma espátula fina, desenforme e sirva com o Coulis de Frutas Vermelhas.

Ingredientes do Coulis de Frutas Vermelhas
1 pacote de mix de frutas vermelhas ou morangos congelados
1 xícara de água
1/2 xícara de açúcar

Modo de Fazer
1 - Coloque tudo numa panela e leve ao fogo, mexendo delicadamente.

2 - Quando as frutas estiverem totalmente descongeladas e macias, retire-as da panela com uma escumadeira e reserve.

3 - Elas terão soltado bastante pectina na calda, que estará vermelha. Comece a redução da calda para dar o ponto, mantendo o fogo médio e misturando.

4 - Quando começar a espumar e engrossar um pouco, desligue o fogo. Quando esfriar, acrescente as frutas vermelhas reservadas. Leve à geladeira.

5 - Quando desenformar o manjar, cubra com a calda e sirva.

Dicas
1 - Não adianta usar a tapioca comum, forma uma goma e não dá certo, tem que ser a granulada. Você encontra em empórios de grãos e casas de produtos naturais. Ela é mais dura em vem em formato de pellets, veja a imagem:

tapioca granulada


2 - Leite de Coco - Não use o de garrafinha, que é muito concentrado, o sabor não fica bom. Use o caseiro, batendo o coco no liquidificador e coando. Quando estou com preguiça de fazer em casa, uso este aqui.
Cada caixinha tem 1 litro. É bem suave, uso também como substituto do leite de vaca no dia a dia. Existem outras marcas, mas não as encontro por aqui.


Espero que possam se deliciar com este verdadeiro Manjar dos Deuses!






Correndo com Lobos Capítulo 9 : Pele de Foca, Pele de Alma


Este capítulo traz a possibilidade não apenas do resgate da alma, mas de descobrirmos  o nosso lugar, nosso santuário, o lugar de repouso em nós mesmas. 

Através deste lindo conto de tradição xamânica do povo inuit (esquimós) entramos em contato com uma riqueza simbólica  que nos conduz até a fronteira entre a alma e o espírito.

A história é muito longa, conta como surgiu o primeiro xamâ (curador) deste povo, é cheia de detalhes que não conseguirei resumir neste post, mas quem não tem o Livro "Mulheres que Correm com os Lobos" pode ler o conto aqui.

Este conto tem três chaves para a sua compreensão simbólica: o significado psicológico da pele, a importância das águas para a vida interior,  e a definição de Lar (e como retornar a ele).


pele é o maior órgão do corpo humano, a fronteira entre o nosso corpo e o ambiente, e nos dá a sensação de integridade física e de unidade. "Estar bem em sua pele” significa ser inteiramente  dona de si mesma, conectada com a essência do seu próprio Ser.

No conto, a mulher-foca é um ser encantado que perde sua pele e precisa reencontrá-la para poder voltar ao reino submarino. Perder a pele, significa esquecer-se de si, da sua natureza.

Como perdemos a pele da alma? 
Quando ficamos muito envolvidas com o ego, sendo perfeccionistas, nos martirizando desnecessariamente, quando estamos insatisfeitas e não fazemos nada com isso, quando tentamos ser uma fonte ilimitada para os outros .

E o que isso causa em nós?
Sem a pele, nosso corpo desidrata, resseca. Sem a pele da alma nada  faz nossos olhos brilhar, ficamos entorpecidas, nada parece fazer sentido.

A água é a fonte da vida e não serve apenas para matar a sede e ser o veículo das reações bioquímicas de nosso organismo. 

Ela tem a função profunda de vivificar a existência. Ela carrega nossos sentimentos. Tanto assim, que todas as religiões e culturas têm rituais e práticas espirituais envolvendo a água.

O contato com essa função psíquica simbolizada pela água (o sentimento) permite que voltemos ao Lar. 
O lar é uma disposição interna que nos permite vivenciar a imaginação, a paz e a liberdade. É quando nossa vida instintiva funciona bem e nos sentimos conectadas conosco e com algo maior.

Há vários veículos que podem nos conduzir para o lar: o silêncio, a solidão, a prece, a música, a arte, a dança, a poesia, a natureza, o sol, o  brincar… enfim, o que a sua alma pedir!

Com toda esta riqueza simbólica trabalhamos corporalmente a pele, o equilíbrio, e novamente buscamos o estado de Presença através do Movimento Autêntico que resultou na linda escrita poética que você pode ler aqui.

Este encontro foi uma jóia preciosa para o colar da nossa jornada.

Foi maravilhoso estar com vocês novamente.
Até o próximo!