A Respiração da Árvore - Prática de Cura e Bem Estar

Esta  é uma prática maravilhosa que utilizamos bastante nos grupos. Inclui visualização e  técnica respiratória. 
Ótima para acalmar a mente, restaurar as energias num dia exaustivo, para quem sofre de dores crônicas ou está convalescendo de uma doença  e também para ter clareza antes de tomar decisões importantes. 
Pode ser feita em qualquer lugar, dura apenas alguns minutos e pode ser repetida ao longo do dia e antes de dormir.
Se puder, evite que o celular e outros estímulos te perturbem durante estes preciosos momentos.

Instruções:
1 - Fique em pé (se puder ficar sem sapatos é melhor). Se não puder ficar de pé, pode fazer também sentada em uma cadeira.

2 - Sinta bem o contato dos pés com o chão.

3 - Alinhe o topo da cabeça com o céu. Sinta seu corpo e tente liberar as tensões.

- Feche os olhos e imagine-se como uma árvore. De seus pés saem as raízes que se aprofundam na terra.  Imagine suas pernas , abdome e tórax como o  tronco. Os braços, o pescoço e a cabeça como os galhos e folhas. Pode imaginar sua árvore com flores ou frutos se quiser.

5 - Inspire suavemente pelo nariz e leve o ar para os pés, sentindo que o oxigênio e a luz do sol  captados pelas folhas banham todo seu corpo e chegam às  raízes mais profundas.

6 -  Expire suavemente pelo nariz (ou pela boca se preferir), visualizando os nutrientes e a água captados pelas raízes subindo por todo seu corpo, chegando até as folhas nutrindo,  trazendo vitalidade e eliminando as toxinas. Visualize as toxinas saindo junto com o ar. 

Se for o caso, pode visualizar a energia da doença ou dor saindo como uma fumacinha junto com o ar e entrando na terra para ser transformada.

- Repita  os passos 5 e 6  algumas vezes (no máximo 10  em cada série).

8 - Ao terminar, antes de abrir os olhos, esboce um sorriso e envie amor para todo seu corpo. Abra os olhos lentamente e perceba como está agora. 

9 - Espreguice-se suavemente, vá movendo seu corpo e voltando às atividades com essa gostosa sensação de paz e bem estar.

Quando puder fazer ao ar livre ou perto de uma árvore será ainda melhor. 

Já a utilizo há anos e também já a ensinei a várias pessoas, o resultado tem sido excelente.

Com o tempo você vai se sentir cada vez mais centrada, tranqüila e vitalizada.

Se puder, compartilhe conosco suas experiências com esta técnica.

Então, feche os olhos e deixe sua árvore respirar...



P.S.: Este post foi publicado em 2015, mas trago de volta pois é uma prática importante que estamos fazendo nos grupos e tem trazido excelentes resultados.



Correndo com Lobos - Capítulo 13 - Marcas de Combate: O Clã das Cicatrizes


Este capítulo pede um mergulho individual. Ele trata dos segredos que as mulheres guardam por medo, culpa ou vergonha.

Se a mulher não consegue olhar seu segredo, nem sequer chegar perto dele, cria defesas e evita entrar em contato com qualquer coisa que a lembre desse segredo. Mas isso tem um preço: a isola de sua natureza instintiva que  é livre e alegre e cria-se uma zona morta na psique.

Porém nem tudo é tão sombrio quanto parece. Mas para reverter isso é importante seguir estes passos: 

Primeiro: falar do segredo com alguém (seja num diário, com uma pessoa de extrema confiança ou um terapeuta). 

Segundo: Aqui entra a importância do lamento. É fundamental fazer os lutos necessários.

Terceiro: Usar o conhecimento que recebemos no capítulo 12, praticando Os Estágios do Perdão (aqui).

Porque não há nada, absolutamente nada, que esteja fora dos limites do perdão.

Se for bem sucedida nessa tarefa, encontrará luz na escuridão. A ferida se fechará e dará lugar a uma cicatriz, sua marca de combate. Permita que o tempo faça seu trabalho.

Este capítulo traz ainda a história da Mulher dos Cabelos de Ouro, se você não tem o livro, pode ler o conto aqui.

Ele mostra o milagre da psique selvagem, que é capaz de se recuperar não importa a profundidade da “morte” da mulher. E o caminho para essa extraordinária recuperação é o pneumao ar que passa pelos juncos soprados pelos pastores que denuncia o verdadeiro estado da psique e o que precisa ser feito em seguida.

Para essa recuperação é importante trabalhar a respiração, que nos ancora no estado de presença. O exercício recomendado é a Respiração da Árvore. Em seguida faça a Bênção dos Chakras (os posts sairão na próxima semana). Repita diariamente, até que a ferida esteja cicatrizada.

Do ponto de vista expressivo, você pode fazer uma mandala (desenho ou colagem) que represente suas marcas de combate. Essa mandala se tornará uma lembrança da sua força, um motivo de orgulho.

Veja este lindo trecho do capítulo:

Seria uma boa idéia se as mulheres contassem a sua idade não pelos anos, mas pelas marcas de combate. 
“Qual é a sua idade?” perguntam-me às vezes. 
“Tenho dezessete marcas de combate” respondo.

Lembre-se: nossas cicatrizes, sejam no corpo ou na alma, significam que somos mais fortes do que o que nos feriu. Sobrevivemos e seguimos em frente.

Você poderá ver as lindas mandalas feitas especialmente para este trabalho de transmutação das cicatrizes em condecorações (aqui). 

"A jóia está na ferida."
C.G.Jung

Bem Vinda ao Clã das Cicatrizes!


A Outra Face da Raiva - Trecho do Filme - Inesquecível...



Esta é a última postagem da série referente ao capítulo 12 do livro Mulheres que Correm com os Lobos, que trabalhamos no mês de agosto.

A fala da filha caçula ao final do filme recomendado para este capítulo é tão profunda e provocou tantos insights no grupo que compartilho com vocês. Vejam que sabedoria numa garota de apenas 15 anos!

"As pessoas não sabem amar. Elas mordem ao invés de beijar. Batem ao invés de acariciar.

Talvez porque percebam como é fácil o amor se deteriorar, de tornar-se impossível ou impraticável. Portanto, as pessoas o evitam e procuram consolo na raiva, medo e agressão, que estão sempre à mão e disponíveis.

Raiva e ressentimento podem bloquear nosso caminho. Agora eu sei. 

Para incendiar a raiva, bastam o ar e a vida que ela traga e abafa. 

Mas é real. A fúria. E mesmo quando não é, ela pode mudar você. Moldá-la em algo que você não é.

Assim, a outra face da raiva é a pessoa que você se torna.

Se Deus quiser, você acorda um dia e percebe que não tem mais medo da sua jornada. Porque sabe que a verdade, na melhor das hipóteses, é uma história parcialmente contada.

Sabe que a raiva, assim como o crescimento vêm em jatos e em seu caminho deixam uma nova possibilidade de aceitação.

E a promessa de calma."

Não é maravilhoso este texto? E o filme, então... 

Se ainda não viu, veja o post aqui. Deixei lá o link para o filme no youtube dublado em português.

A Prece do Perdão - Tão Simples e Libertadora!


Aproveite que a semana está começando 
e aprenda a livrar-se do lixo  emocional, sinta-se leve. 
Uma prática tão simples, mas extremamente poderosa e libertadora. 
Faça esta prece todos os dias ao acordar e antes de dormir 
com uma respiração profunda no início e no final. 

Um verdadeiro bálsamo! 

“Se prejudiquei alguém de qualquer maneira, consciente ou inconscientemente, 
por causa da minha própria confusão interior, eu peço perdão.

Se alguém me prejudicou de qualquer maneira, consciente ou inconscientemente, 
por causa de sua própria confusão interior, eu perdôo.

Se há uma situação que eu ainda não sou capaz de perdoar, eu me perdôo por isso.

Por todas as vezes em que eu me fiz mal, me julguei, duvidei ou diminuí a mim mesma 
por causa da minha própria confusão interior, eu me perdôo.”


A transformação será ainda mais profunda e eficaz se após a prece você fizer a Invocação da Luz Divina, clique aqui.

Para descobrir como as vibrações que vem do coração afetam o ambiente, clique aqui.

Se você  pingar uma gota de óleo de lavanda no peito antes de fazer a prece, vai se sentir nas núvens…

Esta prece está sendo feita diariamente neste mês pelo grupo Correndo com Lobos, como preparação para o Capítulo 12, por isso estou postando novamente.

Todos os posts deste mês foram dedicados ao tema deste capítulo, que é o ponto alto do livro.


Os Estágios do Perdão


 O perdão não é uma graça que cai do céu, mas um poderoso ato de criação. Ele é um processo que envolve etapas básicas que valem tanto para o perdão de si mesma como de outros:
1 - Deixar a questão em paz por um tempo.
O perdão não é algo imediato, é necessário dar algum tempo a si mesma, com se desse umas pequenas férias ao assunto.
Isto evita que você acabe com suas forças ruminando o tema e faz com que se fortaleça por outros meios, que  se permita outras alegrias na vida.
Toda vez que o assunto voltar, deixe-o de lado, diga a si mesma que precisa deste tempo e volte a fazer algo que te nutra como tecer, escrever, dançar, nadar, pintar, contemplar a natureza, etc… Isto é medicinal.



2 - Controlar-se, renunciar à punição.
Esta segunda etapa é muito importante: durante esse tempo, desista de punir a si mesma ou à pessoa que cometeu a ofensa. 
Evite resmungos e reclamações, atitudes hostis consigo mesma e com os outros. Isto evita que a negatividade se espalhe e contamine toda a sua alma.
Se tiver necessidade de falar sobre este assunto, escreva um diário ou procure alguém de confiança ou um terapeuta.
Controlar-se é um ato de generosidade consigo mesma, mas se houver momentos de raiva incontrolável, soque uma almofada ou travesseiro até a raiva passar. 
Permita que o tempo faça seu trabalho. 




3 - A Reparação
 Ouça sua alma, ela vai lhe mostrar quando já foi tempo suficiente. Então, com menos energia dispersa pela raiva, pode-se pensar na possibilidade de reparação do ato. Se for possível, busque a reparação sem causar mais sofrimento a si mesma ou ao outro. Mas nem sempre é possível; e se não for, é necessário criar uma reparação simbólica. Se tiver dificuldade com isso, a ajuda de um terapeuta pode ser importante.



4 - Esquecer, afastar da memória, recusar-se a repisar
Passado o tempo de fortalecimento, da reflexão e da reparação, é hora de esquecer o assunto ou pelo menos recusar-se a repisá-lo vezes sem conta. 
Cada vez que você remói algo, fortalece os circuitos neuronais que o mantém na memória, e ativa o sistema límbico (responsável pelas emoções) que produz uma grande quantidade de neurotransmissores que fazem seu corpo reviver todo o sofrimento. 
Se evitar conscientemente fazê-lo, afastando a cena da mente e buscando outros interesses, você deixa de reforçar esses circuitos e o assunto deixa de ocupar o plano principal da sua vida. Desapegue, deixe ir. Pratique esta etapa durante o tempo que achar necessário.


5 - Abandonar a dívida
Nesta fase, você vai fazer a decisão consciente de deixar de abrigar o ressentimento. É você que decide quando perdoar, e qual a dívida que agora não precisa mais ser paga. 
Você decide também o como: se vai perdoar só por enquanto, ou se vai perdoar mas não vai dar outra chance, ou vai dar uma segunda chance, ou se vai perdoar mas precisa se afastar daquela situação que a prejudica, ou se consegue perdoar  apenas uma parte da ofensa, ou se vai perdoar totalmente. É você quem decide.
Você também decide qual o ritual simbólico que vai marcar este evento. É muito importante marcar simbolicamente a finalização deste processo.


E como saber que perdoou?
Você passa a sentir tristeza ao invés de raiva, e compaixão ao invés de irritação. Você compreende o sofrimento que provocou a ofensa e prefere se manter fora daquele meio. Você não espera por nada.
Aos poucos, você pára de pensar no assunto, a vida volta a seguir e a brilhar.


Clique aqui para reler o post anterior, onde falamos dos limites da raiva e do perdão.

Há duas práticas muito úteis nestes momentos: A Invocação da Luz Divina (aqui) e a Prece do Perdão, que publicarei a seguir.