Círculo de Luz


Aqui você encontra um resumo do conteúdo de cada curso 
desde 2009 até 2015.

A partir de 2016 cada curso passou a ter sua própria página, 
clique nas plaquinhas do cabeçalho para ver.

Ciclo 2015: A Senhora dos Dez Mil Nomes

Quarto Encontro
Sophia,  a Sabedoria Divina
Novembro de 2015
Imagem Pinterest, autor desconhecido

O último encontro do ano foi super especial. Fizemos uma retrospectiva de toda a jornada que realizamos juntas desde o início do ano quando partimos na Travessia para Avalon. Foram muitas emoções...

Dedicamos este encontro à Sophia, o arquétipo do Sagrado Feminino para o Ocidente, que pode se manifestar de muitas formas. Ela é descrita desde a Grécia antiga até na Bíblia e evangelhos apócrifos como o lado feminino de Deus.

Assim como Shakti no Oriente pode se manifestar em uma miríade de Deusas como Lakshimi, Durga, Parvati e etc... No Ocidente Sophia se manifesta na forma das Deusas Gregas, Celtas, e até como as Madonas Negras.

Geralmente ela é representada grávida e portando luz, mostrando que ela é a fonte de infinito potencial e criatividade. Seu símbolo é a pomba branca, que foi incorporado no cristianismo como símbolo do Espírito Santo.


Conversamos sobre  o significado de Sophia: Sabedoria. Que vem do latim sapere, que por sua vez deriva da palavra sapore que significa saborear.

Portanto, a sabedoria que esta Deusa nos traz não é um conhecimento intelectual, ela somente poderá ser conhecida através da experiência pessoal, através do aprendizado de como saborear a vida.

A paz e o prazer que sentimos ao satisfazer as necessidades corporais e cuidar de nosso corpo com amor são o primeiro passo para o conhecimento do Ser.

Sophia também significa: Luz na Matéria e Anima Mundi (Alma do Mundo). O sistema patriarcal afastou Sophia do mundo e com isso o ser humano se afastou da natureza, do próprio corpo e também uns dos outros. O mundo perdeu sua Alma.

Como recuperar a Alma do Mundo? Restaurando o lugar de Sophia, que significa ressacralizar o mundo.

Então, sempre que honramos nosso corpo, que entramos em contato com a criatividade, com a poesia, a intuição, os insights, entramos no reino de Sophia e nos sentimos revigoradas.

Já reparou como nos sentimos renovadas e cheias de alegria quando fazemos algo criativo? É a presença de Sophia. 

Sendo assim, todos os momentos podem ser sacralizados e a vida ganha outro sentido. Desde ter água fresca para matar a sede, ter um teto para nos abrigar, até a comunhão do encontro amoroso tornam-se sagrados. A gratidão e o cuidado amoroso são as pontes que nos ligam à Deusa e nos permitem viver em plenitude.

Muitas vezes ela é representada com o rosto coberto por um véu. Sabe por que?

Mãe do Mundo de Nicholas Roerich

Por dois motivos: primeiro, porque atrás desse véu pode estar o rosto de qualquer mulher, todas nós podemos ser manifestações de Sophia. 

Sempre que realizarmos atos de gratidão, compaixão, sabedoria, cuidado com a natureza e a Terra e apreciação da beleza, estaremos agindo como uma manifestação de Sophia para o mundo. 

E segundo, porque os mistérios do Feminino nunca serão totalmente conhecidos. 

Não é lindo demais?

Depois da Roda de Conversas pudemos realizar uma prática meditativa de Cura e Conexão com Sophia e encerramos cantando juntas o Canto do Despertar, que emocionou a todas.

Foi uma jornada maravilhosa que ficará guardada como tesouro em nossos corações. 

Desejo que todas nós nos tornemos manifestações de Sophia. Que todas nós possamos ser Luz para o mundo! 



Terceiro Encontro
Kuan Yin, A Imensidão do Espaço Interior
Outubro de 2015
Kuan Yin - Imagem: Pinterest

Quando falamos na Deusa Kuan Yin, a maioria das pessoas pensa numa senhora plácida, sentada sobre uma flor de lotus e que simboliza a compaixão.

Mas ela foi uma jovem corajosa que desfiou as convenções patriarcais da sua época. Ela representa a imensidão do espaço interior, todas as suas qualidades derivam disso.

Quando você fecha os olhos e olha para dentro, como é seu espaço interior? Amplo ou apertado? Claro ou escuro? Tem uma paisagem ou é sem imagens? Opressivo ou confortável? Quanto mais amplo este espaço interno, maior o centramento, a serenidade, a liberdade, o amor e a compaixão.

Assim como o Buda Sakyamuni foi um dia o príncipe Sidarta Gautama, que viveu na Índia e abandonou tudo para buscar o sentido da vida, Kuan Yin foi a princesa Miao Shan, que viveu onde hoje se localiza o Tibet. Ela era a filha caçula de um Rei poderoso que não tinha filhos homens para sucedê-lo, apenas três filhas. 

Miao Shan é cultuada até hoje na China e Tibet e também cavalga um tigre...lembra de Durga? Não é mera coincidência...Se quiser rever Durga, clique aqui.

Miao Shan era diferente de todas, desde pequenina não queria brinquedos caros, jóias, nem roupas luxuosas, usava todos os seus recursos para ajudar os necessitados, cuidar dos doentes e proteger os animais. Era considerada excêntrica pela a família.

Ao entrar na adolescência, o pai a chama e diz que está na hora de casar-se com um príncipe que ele vai escolher. Ela implora para que não a obrigue a casar-se, quer dedicar sua vida para cuidar dos necessitados. Suas irmãs mais velhas já se casaram e o rei em breve teria netos.

O rei fica furioso e tenta de tudo para obrigá-la, mas ela permanece irredutível. Ele lhe causa inúmeros sofrimentos, mas ela continua querendo ser monja. Então por sua desobediência, ele decide mandar seus soldados matá-la. E no momento derradeiro, um enorme tigre surge e a leva para o reino dos Deuses.

Ela pede para a Deusa dos Céus que a deixe ficar próxima da Terra para continuar ajudando os necessitados e ela lhe concede esse desejo mudando seu nome para Kuan Yin, que significa: aquela que ouve os lamentos do mundo.

E o primeiro necessitado que ela ajudou foi justamente seu pai...que ao perceber que aquela Deusa tinha sido sua filha arrependeu-se profundamente, tornou-se monge e passou a usar toda sua riqueza para ajudar o próximo.

Depois dessa linda história, começamos a refletir sobre a lição principal de Kuan Yin: a ampliação do espaço interior.

E a primeira pergunta: O que interfere neste espaço? 

Através das práticas e de nossas observações, percebemos que as nossas emoções são a principal interferência neste espaço. Descobrimos que há emoções que o restringem: como a raiva e o medo.

Quanto mais amplo este espaço interno, maior o centramento, a serenidade, a liberdade, o amor e a compaixão.

Então, para podermos expressar as qualidades de Kuan Yin, precisamos primeiro aprender a lidar com a raiva e o medo, e lembramos destas orientações que podem ser muito úteis:

Os limites da raiva e do perdão - Parte 1 - aqui.
Os limites da raiva e do perdão - Parte 2 - aqui
Os estágios do perdão - aqui
Prática para lidar com o medo e a raiva aqui

Depois de uma longa Roda de Conversas, com muita troca de experiências, demos continuidade com a Prática da Medicina Energética para redução do stress e ansiedade. 

Realizamos a prática básica de Kuan Yin: O Mudra da Receptividade, uma meditação linda que inclui visualizações para a união entre o segundo e quarto chakras e a ampliação do espaço interior.

Depois expressamos esta experiência com total liberdade de escolha entre os materiais oferecidos: cores, colagens, brilhos, etc...que resultaram nestes lindos desenhos aqui.

Foi um encontro especial, do qual saí muito feliz, nutrida e fortalecida. Muito Obrigada, meninas!


Segundo Encontro
Durga, O Poder Sereno
Setembro de 2015

Depois da abertura dos portais de cura através de  Isis, A Grande Mãe (clique aqui para rever), entramos em uma nova possibilidade de explorar o feminino em sua essência através de Durga, uma das manifestações do feminino sagrado da cultura indiana.

Durga, a Deusa Guerreira matadora de demônios. Na mitologia hindu, os demônios simbolizam os conflitos e divisões internas que roubam nossa energia e criatividade.

Ela vem montada em um tigre e em cada um dos seus braços tem um objeto com significado simbólico para o desenvolvimento da feminilidade consciente e para a evolução espiritual.

Durga entra na batalha enfrentando os demônios que se lançam sobre ela e nos intervalos ela relaxa profundamente em seu corpo e em sua verdade. Sua ação é um eterno pulsar: luta e relaxa, luta e relaxa...Ela não se deixa enrijecer.

Está totalmente presente em seu corpo com seus instintos, representados pelo lindo tigre que cavalga. Estar presente no seu corpo inclui estar em harmonia com a sensualidade e sexualidade. Ela ensina que não é possível crescimento psicológico e espiritual se não honrarmos este aspecto da nossa vida.

Seu poder é fluido, não é rígido. Afinal, para cavalgar um tigre é preciso jogo de cintura, não é? Se ficarmos duras, ele nos derruba!

A fonte do seu poder é o Amor que flui como um rio. Um poder que não visa dominar os outros, mas ao invés disso inspirar as pessoas a seguirem esse caminho.

Quando lutamos para ter poder em qualquer setor da vida, seja no relacionamento, no trabalho e etc...nos tornamos rígidas e nos afastamos deste poder que Durga emana. Quando fluímos à partir de nosso centro de amor, fiéis aos nossos valores, entramos no poder sereno da Deusa.

Esta é uma pequena amostra de nossa Roda de Conversas que durou quase duas horas...


Aprofundamos as práticas de Medicina Energética que trazem equilíbrio e alívio do estresse para ficarmos bem presentes e relaxadas na Bênção das Flores, uma meditação guiada de cura e aceitação da nossa natureza feminina sagrada, de nossa sensualidade e sexualidade.

Depois expressamos esta experiência através dos desenhos que vocês podem ver aqui.

Foi um encontro lindo com nossa natureza divina, integrando a corporeidade representada pelo primeiro, segundo e  terceiro chakras com o Amor do quarto chakra.

E no próximo mês vamos aprofundar ainda mais o tema Amor, com a Deusa Kuan Yin.


Primeiro Encontro
Ísis - A Grande Mãe
Agosto de 2015

Abrimos este novo Ciclo com Ísis, a Grande Mãe, a fonte da vida. Uma das principais representações do Arquétipo do Feminino Sagrado. Conversamos bastante sobre a história de Ísis, Osíris e Horus e seus significados simbólicos.

E a pergunta que nos fizemos foi a seguinte: O que a história desta  Deusa adorada há mais de 5000 anos tem a dizer para as mulheres do século XXI?

Começamos por sua função criadora e regeneradora da vida; afinal, ela conseguiu ressuscitar seu marido Osíris da morte e curar as doenças de seu filho Horus. Tudo através de uma profunda comunhão e harmonia com a natureza.

Mater (Mãe em latim) tem a mesma raíz das palavras Matéria e Matriz. A Terra é nossa mãe. Portanto, a primeira lição é que a Deusa não é um paralelo ao Deus Pai. Ela não rege o mundo, Ela é o Mundo, que se manifesta em toda a Natureza e em cada uma de nós.


Aprendemos também com Ísis que o Amor é como as águas do Nilo que reverdece a terra e renova a vida; e a sua ausência é a seca, o deserto, o caos. O Amor é a única possibilidade de vislumbrarmos a transcendência. "O que a gente ama vira eterno." - bem disse Adelia Prado.

E que o oposto do amor não é o ódio, mas o poder. Sim, onde se disputa o poder, o amor não entra. E onde reina o amor, não há necessidade de poder (Marion Woodman).

A cultura patriarcal excluiu o Feminino Sagrado da consciência desrespeitando o que está relacionado a ele: a Natureza, as Mulheres e a própria Vida. E tudo virou instrumento de exploração e poder.

A única forma de reverter esse processo é integrar os ensinamentos da Deusa, despertando o Amor e passando a reverenciar a vida e o nosso planeta.

Então ela poderá ser conhecida internamente por cada ser humano em sua magnífica diversidade. 


Por este breve resumo vocês podem ter uma idéia de como nossa Roda de Conversas foi rica. Depois de um breve intervalo realizamos as práticas básicas da Medicina Energética para harmonização física, emocional e mental.

E depois fizemos a meditação guiada onde cada uma pôde encontrar com a sua Ísis interna e expressar esse encontro através de uma imagem (que vocês podem ver aqui).

Mais uma vez foi maravilhoso estar com vocês e podermos juntas realizar este lindo percurso, no mês que vem tem mais! 

Ciclo Travessia Para Avalon

Quarto Encontro - Fechamento do Ciclo
Reverdecimento do Ermo
Junho de 2015
Monte do Thor, local da mítica ilha de Avalon, com o vale de Glastonbury no fundo.

Este encontro de fechamento foi muito emocionante, como todo este ciclo. O momento de juntar as pecinhas deste imenso quebra-cabeças. A hora da síntese e da troca de experiências.

Em uma das paredes do salão fiz um painel com uma retrospectiva fotográfica das nossas vivências e as frases mais marcantes de cada encontro deste ciclo. Vocês poderão ver as fotos aqui

Iniciamos compartilhando as experiências de intensa energia amorosa que sentimos no encontro anterior quando fizemos uma vivência baseada na imagem do cálice como símbolo do coração e da verdade que cura (para rever clique aqui).

Na Roda de Conversas, além de compartilharmos nossas impressões, pudemos fazer a ligação entre as trajetórias de Morgana e Persival. Ambos, em sua vaidade, estavam desconectados das qualidades do feminino, o que os fez cair no ermo.

Em nossas vidas, quando nos desconectamos das qualidades fundamentais do feminino, também experimentamos a aridez. A vida fica sem cores e pode até sobrevir uma depressão.

Uma das casinhas da Ecovila de Findhorn

Nestes capítulos finais do livro, Jean reflete sobre a sua própria crise pessoal. Sobre o fato dessa viagem ter surgido num período difícil de sua vida.

Nesta parte da viagem, ela estava visitando a Ecovila de Findhorn na Escócia, e ficou maravilhada com o verde e as flores que desabrochavam em meio a uma área de solo arenoso, que alguns anos antes era um grande ermo desértico. E hoje produz até legumes gigantes!

Diante deste milagre, ela se lembra do poder curador do cálice do Graal na lenda de Persival e da sabedoria de "Viriditas" (poder verdejador) de Santa Hildegarda.

Ela se pergunta:

Como podemos evitar cair no ermo?

Se estivermos nele, como fazê-lo reverdecer?

De que forma a Lenda do Graal e o Poder de Viriditas podem ser úteis a nós que vivemos no século XXI?
Vocês verão as respostas na segunda parte deste post.


Quarto Encontro
Segunda Parte - Fechamento do Ciclo
Um dos jardins de Findhorn. Uma área antes árida, hoje tem várias nascentes de água.

Admirando toda essa beleza de Findhorn e a recuperação de uma terra devastada, Jean se lembra da sabedoria de "Viriditas" (do latim: poder verdejador) de Santa Hildegarda.

Hildegard von Bingen foi uma mulher extraordinária que viveu entre 1098 e 1179 no vale do Reno, na Alemanha. Abadessa de um convento da ordem beneditina, era filósofa, escritora, compositora, pintora e mística cristã. Também foi famosa por seu conhecimento do poder medicinal de plantas e cristais. 

Em 2012, o Papa Bento XVI a nomeou Doutora da Igreja e Sibila do Reno (Sibila significa Profetisa). Em suas Visões, ela recebia mensagens de Sophia, o lado feminino de Deus.

Hildegard von Bingen (Pinterest)

Viriditas, é a frescura divina que os seres humanos recebem em suas forças vitais. O poder da Primavera, uma força germinadora e uma feminilidade que vem de Deus e penetra toda a criação.

Só a Humanidade é chamada a criar. Uma pessoa que secou, perdeu a capacidade de criar. Para Hildegard, o pecado fundamental é secar.

Estar úmida, verde e suculenta é estar emocionalmente viva. O corpo expressa vida por meio da umidade: lágrimas, suor, secreções sexuais, líquido amniótico.

Como podemos despertar o poder de Viriditas

Sempre que valorizamos a sabedoria do corpo, da nossa intuição e do sentimento. Quando fazemos coisas que nutrem a alma. Quando nos livramos da armadura intelectual e nos abrimos para nossa natureza feminina adormecida.

Quando estamos em contato com a natureza, ou com outras mulheres, e também sozinhas em momentos de contemplação.

Mas principalmente quando despertamos a gratidão, uma das forças de cura mais poderosas que existem, pois ela nos abre para o amor e a compaixão.

E então nos lembramos da intensa sensação da energia amorosa que sentimos na vivência do encontro passado e o ciclo se fechou. Esse amor está em nós, só precisamos abrir caminho para que ele possa fluir.

Terminamos nosso encontro com uma vivência do movimento expressivo e a mandala viva, um momento especial em que as lagrimas de alegria e gratidão rolaram. 

Nossa Travessia terminou, conseguimos atravessar as brumas e o que encontramos do outro lado é lindo...

Agora o Círculo entra em férias, em agosto este grupo iniciará uma nova jornada. 

Obrigada queridas irmãs peregrinas, a lembrança do que vivemos ficará brilhando como uma jóia em nosso colar.

Terceiro Encontro
A Mulher no Coração das Mulheres
Maio de 2015


Um dos encontros mais bonitos de todos estes anos trabalhando com o Círculo, criou-se um campo de energia amorosa tão forte que era quase palpável.

Junto ao grupo tive acesso a uma cura profunda que ainda não consigo compreender.

Este encontro foi baseado na lenda do Graal, especialmente a lenda de Persival (um dos cavaleiros da Távola Redonda) e o Castelo do Rei dos Pescadores.

Nesta lenda o Graal simboliza o coração, o mundo dos sentimentos em sua mais profunda verdade, que é um dos aspectos do Sagrado Feminino.


Persival está atravessando o mundo em busca do cálice sagrado e chega ao castelo do Rei dos Pescadores que está muito doente.  Ele é bem recebido e num certo momento se depara com o Graal. Para conseguí-lo ele teria que fazer uma pergunta diante do Rei. Se a sua pergunta fosse a correta, o cálice seria seu.

Mas ele fica pensando, pensando, buscando uma pergunta que mostrasse sua inteligência e não olha para o que está em sua frente: um homem (Rei) muito doente.

Ele não faz a pergunta correta que era tão simples, apenas deveria perguntar ao Rei: O que tens tu? Ao perguntar sobre o sofrimento do outro demonstraria sua conexão com os sentimentos e sua compaixão, tornando-se digno do cálice.

Nesse momento o castelo, o Rei e o Graal desaparecem e Persival se vê de volta à estrada. Perdeu uma grande chance que talvez nunca mais volte, justamente por estar desconectado do seu próprio feminino.

Na Roda de Conversas pudemos compartilhar imagens, sonhos e insights pessoais que amplificaram os sentidos dessa história.

Como a lenda pede uma apreensão da realidade além do racional, o foco do trabalho foram as práticas de integração físio-psíquicas, desbloqueando o diafragma com uma técnica da osteopatia e desbloqueando o chakra do coração através de praticas do movimento expressivo. 

Finalizamos as vivências com um banho sonoro, quando pude tocar para o grupo a tigela de cristal afinada com a nota deste chakra, trazendo harmonização para o corpo sutil de cada uma.

O coração pertence ao elemento fogo segundo a Medicina Chinesa, então usamos este elemento para expressar nossas imagens interiores na vivência com arte. Você poderá ver as lindas pinturas aqui.


Termino com um trecho do livro "Travessia para Avalon" que me tocou profundamente:

"Cura e reintegração psíquica dependem do fato de se dizer a verdade. Mas é uma verdade que frequentemente dá algum trabalho para descobrir. 

Exige que percebamos o que realmente sentimos e encaremos que temos um desgosto em relação a algo significativo em nossa vida. O Persival que existe em nós tem de perguntar: O que tens tu?

Quando o soubermos seremos capazes de fazer as mudanças para atuar com verdade - isto é estar curado."

Desejo que inspire a vocês também.

Muito obrigada amigas, foi inesquecível...

Segundo Encontro
O Corpo da Deusa - Abril de 2015
Parte 1


Agora que já nos familiarizamos com o mito de Avalon, acompanhamos a viagem de Jean aos lugares sagrados de Glastonbury e ao Jardim do Poço do Cálice, um lugar muito apreciado por sua beleza e pelo poder medicinal de suas águas.

Ao chegar e ver as águas de coloração avermelhada ela se lembrou de seus dois partos e logo em seguida descobriu que sua menstruação chegara inesperadamente. 

O Cálice simboliza o corpo da Deusa, a capacidade de gerar vida e a regeneração cíclica da natureza desde tempos imemoriais, sendo um símbolo muito forte dentro da cultura celta.

Estas águas são cristalinas, mas por serem ricas em Ferro tingem as rochas de vermelho, 
o que dá a impressão de que a água é vermelha.

Representa também os mistérios da mulher, que são essencialmente mistérios do corpo, nos três aspectos da Deusa: donzela, mãe e anciã. A beleza da fertilidade e renovação do útero através da menstruação, da capacidade de gerar, dar à luz e sustentar uma nova vida. Do significado profundo da passagem para o climatério.

Para conhecê-los é preciso experimentá-los e perceber sua dimensão sagrada.

Vemos que muitas mulheres se esquecem que são parte da natureza e consideram a menstruação, o sexo e o parto como coisas sujas ou vergonhosas. Uma de nossas amigas comentou no encontro o quanto ouve outras mulheres dizendo que "na próxima encarnação querem nascer homens" pois acham um sofrimento ser mulher. Que pena...

Curiosamente, nesta viagem ela encontrou duas jovens mulheres e se tornaram amigas. Uma delas havia retirado o útero devido a um mioma e a outra estava em tratamento para um câncer de ovário.  Elas se sentiam feridas em sua feminilidade e lamentavam sua situação.

Jean, uma mulher já experiente, médica e terapeuta junguiana, mãe de dois filhos adultos, que teve sua última menstruação nesse jardim, sentou-se com elas à sombra de uma árvore e conversaram sobre suas angústias. Eram tantas perguntas das jovens...

Afinal, o que define nossa feminilidade?

A ausência do útero ou dos ovários diminui a feminilidade? Isto nos afastaria da dimensão sagrada do Feminino? 

A falta de um órgão alteraria a circulação energética?

Ter filhos seria o único meio para experimentar o aspecto materno da Deusa? 

Foi uma conversa linda, emocionante...

Leia logo abaixo a segunda parte deste post.


O Corpo da Deusa - Abril 2015
Parte 2

A viagem foi tão especial que se transformou no livro que inspirou este Ciclo. A conversa de Jean com as duas jovens mulheres trouxe profundas reflexões e insights que compartilhamos em nossa Roda de Conversas, enriquecida pela experiência de vida das participantes.

Como seria impossível abordar tudo o que experimentamos num post, selecionei os trechos marcantes para compartilhar com vocês:

"Os mistérios femininos são do corpo e da psique. Portanto, mesmo que um órgão não esteja presente, a representação simbólica na psique sempre pode ser reconstruída e reelaborada."

"As correntes energéticas em nosso corpo representam a qualidade da energia relacionada a uma determinada função e não ao órgão em si. Portanto, mesmo com a remoção de um órgão, os meridianos e os chakras continuam existindo e podem ser harmonizados."


"Uma mulher pode viver fisicamente as experiências da sexualidade e do parto, mas não perceber a dimensão sagrada que é ser mulher na íntegra."

"Ou ela pode experimentar a dimensão sagrada em si mesma e ser celibatária, nunca ter estado grávida ou mesmo ter passado por uma menopausa cirúrgica."

"A mulher pode doar aos outros um útero psicológico: seja numa profissão de ajuda ou ensino, como companheira, mãe ou amiga."

"A sabedoria brota de um conhecimento instintivo de como utilizar as mãos e o corpo para aliviar, confortar, acolher, cuidar. Quando toma uma situação em mãos e faz o que precisa ser feito, surgiu a faceta materna da Deusa."


"A mulher vive a dimensão do sagrado quando dá à luz  a um trabalho criativo que vem do útero de sua experiência pessoal, de suas profundezas como mulher."

"Quando não vive pela cabeça, quando está em contato com  seu corpo, seus instintos, sentimentos e intuição."

Todas as imagens: Pinterest

Depois de uma conversa tão rica, passamos às vivências corporais, com a harmonização do primeiro portal: a pelve. Pudemos apreciar a beleza da anatomia da bacia, dos órgãos internos e do assoalho pélvico. Fizemos as vivências para conexão com este centro.

Em seguida passamos à vivência com arte através da meditação do sorriso interior e pintura rupestre (para ver as  lindas pinturas, clique aqui). 

Compartilhamos tantas experiência enriquecedoras...
Mais uma vez foi  uma alegria estar com vocês.
Grande abraço e até o próximo!



Primeiro Encontro
O Mito de Avalon - Março de 2015
Monte Thor - Glastonbury - Inglaterra
Local da Mítica Ilha de Avalon

Neste primeiro encontro do ciclo, fizemos uma apresentação do mito de Avalon e de sua importância simbólica para nós. 

Avalon em celta significa "Ilha das Maçãs". A maçã simboliza a eternidade em várias culturas. Quem leu a saga "As Brumas de Avalon" vai se lembrar dos pomares de macieiras cujos frutos tinham um sabor inigualável. Um lugar onde as pessoas viviam em harmonia com a natureza e buscavam o conhecimento sagrado.

A lenda é muito longa e se mistura com a do Rei Arthur e não seria possível abordar tudo o que discutimos neste post, mas é uma história que encanta e nos envolve até a última linha.

Por que esta história fascina tantas pessoas? 

Porque ela fala de temas arquetípicos da humanidade, uma história repleta de metáforas e símbolos que apontam para uma outra realidade e a possibilidade de cura de feridas da alma.

Avalon é um espaço sagrado e protegido, ele existe no coração. Como disse o Merlin da Bretanha em uma passagem do livro: "Avalon está em todo lugar e aqueles que estiverem preparados a encontrarão. Para chegar lá é necessário atravessar as brumas das ilusões."

Avalon é o reino da Mãe, do Feminino Sagrado,  e ele se torna oculto nas brumas quando o patriarcado é dominante, mas nunca desaparece.

Como ter acesso a esse lugar? 

Atravessamos as brumas sempre que o Sagrado Feminino estiver presente, sempre que valorizarmos a sabedoria do corpo, da nossa intuição e do sentimento. Quando nos livramos da armadura intelectual e nos abrimos para nossa natureza feminina adormecida.

Podemos reencontrar a Mãe junto à natureza, junto com outras mulheres e dentro de nós mesmas em momentos de silêncio e contemplação, e também através de atividades que nutrem a alma.

 Jardins do Poço do Cálice do Graal em Glastonbury

Depois da Roda de Conversas, partimos para as práticas de Integração físio-psíquica. Primeiro o enraizamento massageando os pés com bolinhas, depois o trabalho de harmonização neuro-muscular em duplas com os saquinhos de sementes. Finalizamos com a primeira parte da prática  do sorriso interior, uma técnica de alquimia interna.

Neste ciclo vamos trabalhar com o Diário de Viagem, um caderno onde registraremos nossas experiências nos encontros e outros eventos significativos como sonhos, insights, imagens que nos chamem a atenção, desenhos e etc... A proposta de nossa vivência com arte foi criar uma imagem para a capa deste diário à partir das experiências que tivemos no grupo.


Foi uma experiência muito rica , é uma alegria e uma honra estar com mulheres tão especiais. Gratidão!

No próximo encontro vamos continuar nossa jornada no Reino de Avalon com a lenda do Graal.

Até lá!


Ciclo Mulheres que Correm com os Lobos
Para ver um resumo dos encontros deste ciclo, clique aqui.


Ciclo Eros-Psiquê
Para ver um resumo dos encontros deste ciclo, clique aqui.


Ciclo: A Força do Feminino
Junho de 2012
    
      Nosso encontro aconteceu um dia depois do solstício de inverno e na véspera do dia de São João. Trabalhamos com a simbologia destas festas ligadas ao fogo. Na noite mais escura do ano surge a semente da luz. A promessa da luz do verão se anuncia na escuridão. Como em nossas vidas. Conversamos sobre o significado ancestral  destes momentos de transição. Fizemos a leitura do texto sobre o Fogo de Eduardo Galeano (você pode ler na íntegra na página inicial "Que tipo de fogo você é?").
      Como o fogo depende do ar para se manter, continuamos o trabalho com o relaxamento através da auto-massagem dos pés e desbloqueio do diafragma e arcos costais para uma respiração ampla e fluida através de técnicas da Eutonia
      Após termos assoprado bem nossas brasinhas, passamos ao momento de arte com o movimento expressivo, através da dança e do movimento espontâneo, tentamos encontrar gestos que traduzissem abertura e alegria.
      Encerramos com uma quadrilha bem animada (aí a coisa esquentou!) e com nosso tradicional lanche e um gostoso bate papo.

Maio de 2012

     Nosso encontro começou com os ecos do encontro anterior na Roda de Conversas, e depois entramos no tema deste mês:  a Coragem de tornar-se o que se é. Assistimos ao maravilhoso vídeo sobre  Bunker Roy e a Faculdade dos Pés Descalços (procure na lista de posts na página inicial)  um exemplo de ser integrado em seu aspecto masculino e feminino, que mudou a vida de milhares de pessoas.
     No trabalho corporal demos continuidade ao trabalho de estruturação interna e expressão. Após movimentos de descontração, alongamento, iniciamos um trabalho respiratório baseado na técnica do Renascimento, que permite a liberação do diafragma, trabalhando a fase de  expiração de forma mais completa, permitindo uma inspiração profunda e mais livre. Depois deste contato com nosso sopro, nosso Ser, ouvimos a história do livro Dentro de Mim.
     Assim, pudemos fazer exercícios vocais e cantamos muito!  Nosso repertório  continuou baseado no CD Cantos de Trabalho, com canções folclóricas que as mulheres entoam durante a lida em comunidades rurais de várias partes do Brasil.  
     Finalizamos com a mandala viva sentadas em contato,  com atenção ao ritmo da respiração e visualizações.
      E depois as gostosuras!
Abril de 2012
     Este encontro aconteceu num dia frio e chuvoso de outono,  e tivemos uma frequência menor do que a usual.  Por isso realizamos vivências delicadas com efeito muito profundo que somente poderiam ser feitas em grupos pequenos, pois exigem muita  atenção. Foi uma experiência incrível, difícil traduzir em palavras.
      Nossa Roda de Conversas girou em torno dos efeitos do encontro passado, cada uma compartilhou suas impressões  do trabalho corporal com as sementes e da vivência com a xilogravura e a relação com seu momento de vida atual. Foi uma troca muito rica. Depois conversamos sobre as Três Ganhadoras do Prêmio Nobel da Paz de 2011 (veja na lista de posts antigos na página inicial). Comparamos suas trajetórias e  refletimos sobre  a forma feminina e masculina de lutar por um objetivo.
     Passamos ao trabalho corporal em duplas,  ancoradas no terceiro ponto, com práticas de enraizamento através do relaxamento da fascia plantar,  sequência de contenção e contorno através de todos os seguimentos corporais integrada à respiração, com elevação em direção aos planos sutis. Foi uma experiência intensa tanto para quem recebia os toques como para quem aplicava.
     Após este momento de integração psico-física, passamos ao nosso momento de fazer Arte tentando dar voz a esse vislumbre do Ser que tivemos na vivência corporal. Utilizamos técnicas vocais baseadas no trabalho de Movimento, Respiração e Canto de Ilse Mittendorf para cada uma perceber e descobrir sua própria voz. Experimentamos também  a cascata de sons, sentindo as vibrações  sonoras que iam nos envolvendo.  Então formamos um coro e cantamos muito!  Nosso repertório foi baseado no CD Cantos de Trabalho, com canções folclóricas que as mulheres entoam durante a lida em comunidades rurais de várias partes do Brasil.  
     Terminamos com uma dança de roda bem animada, cantando e dançando as canções aprendidas.
      Depois, como sempre, fomos  comer porque ninguém é de ferro! Entre as delícias do nosso lanche, a torta de legumes da Rosangela foi um sucesso! 

Março de 2012

 
    Iniciamos este encontro especial de aniversário do grupo com nossa roda de conversas, comentando os Ecos que ficaram do encontro passado  e partindo para nosso tema do mês: o Estado de Presença. Fizemos a leitura da bela história "As três Perguntas" de Tolstoi, lindamente ilustrado com aquarelas delicadas.  O menino Nikolai buscava a resposta a três questões que trariam um sentido para sua vida: Qual é o momento certo para fazer as coisas? Quem é mais importante? Qual é a coisa certa a fazer? Através de sua jornada em busca destas respostas ele se transforma e ao retornar  ao ponto de partida não era mais o mesmo. Esta história levantou muitas conversas e questões sobre estar no momento presente para perceber a si mesmo e ao outro. 
     Depois desta conversa inspiradora, partimos para a experiência destes conteúdos em uma outra linguagem: a sensorial. Fizemos um trabalho de consciência corporal com saquinhos de sementes que estimulavam determinadas partes do corpo e fomos observando as mudanças em nossa respiração, tensão muscular, relaxamento e outras percepções.
     Ao término desta vivência integrativa, que nos trouxe uma sensação de estar bem dentro do corpo, passamos ao momento de Arte. A técnica utilizada para nossa livre expressão foi a xilogravura em matrizes de isopor. Esta é uma técnica excelente para este momento, pois associa o estado de atenção e presença à surpresa e à entrega. Pois o resultado sempre é diferente do que se imagina, com efeitos inesperados. Num primeiro momento algumas acharam estranho, e pensaram que talvez não tivessem jeito para a coisa, mas o resultado foi surpreendente!   Veja em Nossa Galeria   as fotos destes maravilhosos trabalhos! Quanta criatividade surge quando perdemos o medo de experimentar!
     Ao final, encerramos com a mandala viva em pé e nosso delicioso lanche.


Fevereiro de 2012

     Este encontro foi muito especial e inesquecível.  Recebemos várias participantes novas e  três delas vieram de São José dos Campos especialmente para o encontro. Tivemos uma roda de conversas maravilhosa em torno das expectativas de cada uma para este ano,   para suas vidas e sobre o que vieram buscar  no Círculo.  A  conversa estava tão boa, rica e profunda que  deixei de lado o tema que havia  preparado para este encontro!  Finalizamos assistindo ao vídeo "O Terceiro Ato"  com o  depoimento de Jane Fonda fazendo um aprofunda reflexão sobre sua vida. É lindo, e vocês podem assistí-lo visitando o post  com o mesmo nome na página inicial do blog.  
      Depois passamos para nossos trabalhos corporais visando reorganizar a bagagem que carregamos na vida e deixá-la mais leve. Trabalhamos com movimentos integrativos associados a vocalizações e respirações e  finalizamos com a tapotagem em duplas que traz muita  vitalidade.
   Com todo esse  bem estar passamos para o momento de Arte, exercitando a espontaneidade, a brincadeira e a alegria num divertidíssimo Baile de Carnaval (as fotos estão em Nossa Galeria).
      Depois de tudo isso  fomos degustar as delícias preparadas por nossas queridas amigas.


Ciclo: Na Plenitude do Ser
Novembro de 2011

     O tema deste encontro foi Abrindo o Coração.  Utilizamos como tema  a Festa das Luzes, ou Chanuká, do calendário  judaico. Uma festa pouco conhecida por nós e que tem um lindo significado . 
    Iniciamos nossas conversas com uma história de Rachel Naomi Remen, do livro "As Bênçãos de Meu Avô".  Onde ela nos conta uma passagem de sua infância  com seu avô que era rabino e que marcou sua vida para sempre.  Aprendemos com ela que "Não adianta  lutar com a sombra. Ao invés disso, acenda a luz"  e que "todos nós temos um lugar em nosso interior  onde podemos guardar a luz, e não apenas para nós, mas podemos utilizá-la para acender a luz uns dos outros, assim como uma vela acende outras velas."   E também conversamos sobre a questão dos extremos, o excesso de luz pode cegar e na total  escuridão também não podemos ver.  O contraste de sombra e luz é necessário para que possamos perceber as formas e a tridimensionalidade do mundo.  Finalizamos com as lindas imagens do livro "O mundo inteiro".
     Nossas vivências corporais foram todas voltadas para o quarto chakra. Depois do  enraizamento, alinhamento e flexibilidade realizamos a prática de langhana. Uma prática de origem oriental,  criada para  a revitalização e recuperação da súde física e mental.  Utiliza movimentos suaves sincronizados com a respiração, com ênfase na expiração  e vocalizações. No final experimentamos a reverberação do som em todo o corpo através da vivência com as tigelas tibetanas.
     Depois passamos ao nosso momento de Arte. Como o elemento do quarto chakra é o Ar, através do qual o som se propaga, utilizamos a música. Experimentamos diversos instrumentos musicais e suas possibilidades. Depois cada uma escolheu seu favorito para criar uma pequena melodia ou ritmo. Foi uma brincadeira bastante divertida e revelou alguns talentos ocultos...
     Encerramos com a mandala viva em pé e a confraternização com  as delícias  trazidas por nssas amigas.

Outubro de 2011

     Este encontro foi dedicado ao Equilíbrio.  Quando pensa em equilíbrio, qual a imagem que aparece em  sua mente?  É possível encontrar equilíbrio e paz interior em meio às turbulências da vida na pós modernidade?
     Abrimos nossa roda de conversas com a notícia das ganhadoras do Prêmio Nobel 2011. Pela primeira vez o prêmio foi dividido entre três mulheres. Depois passamos ao nosso tema através da história da criação da música Águas de Março  de Tom Jobim.  Ele usou uma situação adversa, repleta de contratempos e desconfortos que poderiam enlouquecer qualquer um para fazer a letra  desta maravilhosa canção.  Finalizamos com as lindas imagens do livro O Vento de Rui de Oliveira .  Lembramos também do maravilhoso filme "O Equilibrista" (Man on a Wire), e refletimos sobre as palavras do Prof. Gaiarsa  "o importante não é ser equilibrado, mas ser um bom equilibrista."
     Com essas idéias em mente, iniciamos nosso trabalho corporal buscando encontrar o centro e o enraizamento. Localizamos  o centro dos pés, fizemos várias experiências para aumentar nossa área de contato com o chão. Uma vez   experimentado e localizado, passamos a alinhar cada seguimento do corpo com este centro, criando um eixo firme, estável, porém flexível.  
     A partir deste eixo experimentamos todas as possibilidades de movimentos de cada uma das articulações do corpo. De forma lúdica, brincamos com a kinesfera de Laban, explorando novos movimentos, novas possibilidades de interação com o mundo.
     Depois, passamos ao nosso momento de arte com a criação livre a partir de retalhos, fitas, rendas, sianinhas, botões e miçangas (as fotos estão em Nossa  Galeria) .
      Finalizamos nosso encontro com a dança circular, que já está com a coreografia quase completa e está ficando linda. Então partimos para a confraternização em torno das delícias que nossas amigas  prepararam com carinho.

Setembro de 2011
      Este encontro foi dedicado à Liberdade. Através da Coragem que vem do Amor, podemos aceitar o desafio de nos tornarmos  quem realmente somos.  
      Abrimos nossa roda de conversas com a história "As árvores de Van Gogh"  (postada na página inicial do blog) e depois passamos à incrível história de  coragem  e humanismo de Aracy, a segunda esposa de Guimarães Rosa, a quem ele dedicou uma das maiores obras da literatura brasileira "Grande Sertão : Veredas" (veja o post Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa na página inicial).  Finalizamos com o lindo livro "O Casaco de Pupa" (está na lista de Leituras).
     Passamos à experiência corporal com ênfase no enraizamento, através de trabalhos com bolinhas nos pés e depois trabalhamos o  contato com o centro da respiração. Passamos à vivência do yoga integral "Caminhando no Escuro", que traz equilíbrio. Finalizamos com a prática  de visualização e meditação também derivada do yoga "A Bênção dos Chakras" (descrita na página Corpo e Mente). Muitas descreveram uma experiência do sublime e do contato com o sagrado  ao final das vivências.
    Pudemos expressar  nossas experiências através da prática do Origami, fizemos dobraduras com o tema borboletas (veja as fotos na página Nossa Galeria), o resultado foi lindo. E pudemos perceber que nossa subjetividade sempre está presente e isto ficou evidente  através da diversidade na aparência e forma das borboletas,  sendo que todas foram feitas com a mesma técnica. 
    Encerramos nosso encontro, que foi tão alegre, com um agrande roda e uma dança circular  e depois nossa mandala viva em pé com circulação de energia em espiral.
    Depois tivemos um  verdadeiro banquete com as gostosuras  que  nossas  queridas amigas prepararam com carinho.

Agosto de 2011


     Inicamos nosso encontro, dedicado à Alegria, à Leveza, à Nutrição da Vida Criativa através da Presença em torno dos contos da tradição Sufi, que utilizam um humor sutil como forma de levar o ouvinte ao insight.  Os contos estão postados na página inicial do blog. Também utilizamos o encantador livro de Roger Mello "A flor do lado de lá", uma história totalmente contada com imagens, sem palavras. Este livro está na  lista de indicações na página Leituras.
     Depois passamos à vivência corporal com enfase no brincar,  no contato com a outra através de experiências em duplas (como na gangorra e no jogo do espelho), na confiança e no cuidado amoroso nas vivências em grupo. Percebemos a relação peso/leveza,  como lidar com o peso do corpo do outro sem nos machucarmos, sem a necessidade de força excessiva, através do encontro de pontos de equilíbrio em nosso próprio corpo. Trabalhamos a relação entre força, tensão e voz.  Finalizamos com a  massagem a doze mãos, uma experiência relaxante e divertida. E o trabalho da percepção da respiração e do pulsar do próprio corpo e do corpo da outra em dulpas, num estado de Presença.
     Expressamos nossos sentimentos e imagens interiores através da criação de mandalas coloridas com diversos materiais. Compartilhamos nossas impressões durante as vivências e sua relação com os temas discutidos. Percebemos, no final que a verdadeira leveza não é a da pluma, mas a do pássaro, pois só o que é denso se eleva no ar. A pluma só pode cair.  Lembramos do livro de Italo Calvino, Seis Propostas para o Próximo Milênio, onde há um belíssimo ensaio sobre a leveza. 
     Encerramos nosso encontro com uma dança circular e desta vez fizemos a mandala viva em pé com entrelaçamento intercalado  que resultou em belas formas.
      Seguimos para o nosso tradicional chá com gostosuras.


Ciclo: Caminhos com Mulheres Extraordinárias

Maio de 2011

     Iniciamos nossa roda de conversas de Maio em torno do lindo conto  Vovó Pérola e Suas Contas, escrito pela Grinis Myiashiro, que participa do grupo desde o início do ano.  Falamos da ilusão de controle  que tanto sofrimento nos traz,  dos obtáculos como o  medo e a raiva, que nos impedem de experimentar o amor e a entrega à vida. Este conto está postado na página inicial do blog.
     Depois passamos para as vivências corporais  trabalhando estas emoções que nos impedem de ser livres e  fluir com a vida. Após o aquecimento e o alongamento, fizemos várias vivências de purificação  com origem no Yoga e no Qi  gong ( a pronúncia é Tchi Kun) - uma prática corporal que deu origem ao Tai Chi Chuan.  Todos os movimentos foram sincronizados com a respiração. Também realizamos uma experiência de percepção de como as diferentes tensões no corpo, provocadas pela necessidade de controle interferem em nossa respiração. Depois através de toques suaves trabalhamos  o relaxamento destas tensões e como isto se refletia na respiração. Somente então, passamos  às práticas de duplas envolvendo a entrega e o dar e receber. Estas vivências em duplas foram belíssimas e sublimes. Impossível descrevê-las.  Finalmente experimentamos uma outra forma de ver o mundo através de uma vivência sensorial com os olhos fechados utilizando o Livro Negro das Cores .
     Finalizamos com  escultura em argila, tentando expressar concretamente as experiências vividas. Comparilhamos nossas impressões e finalizamos com mandala viva em pé, com movimento espontâneo baseado no pulsar da respiração e do coração. Saímos tão leves que depois ainda ficamos boa parte da tarde  comversando e rindo muito, com nosso tradicional chá  e gostosuras como o bolo de maçã da Lisa.

Abril de 2011


     Neste mês  iniciamos ao redor do belíssimo livro de Ana Maria Machado:  "Abrindo Caminho", que fala de pessoas de verdade que conseguiram transformar obstáculos em caminho, inimigo em amigo, fim em começo. Em nossas conversas,  muitos caminhos foram abertos, trazendo um novo olhar para a idéia de obstáculo. Falamos da coragem de enfrentar o desconhecido, da força do desejo como mola propulsora para  superar os obstáculos,  sobre a descoberta da nossa verdadeira natureza e como ser fiel à ela.
     Depois passamos aos trabalhos de consciência corporal trabalhando  enraizamento através de trabalhos  com os pés, depois eixo e flexibilidade  , contorno e tridimensionalidade. E então passamos ao trabalho de  expansão e contração  e a  abrangência da respiração nos  vários seguimentos e da influência dos movimentos corporais sobre ela. Este  trabalho de expansão veio em continuidade à vivência do centro realizada no mês passado.  Finalizamos com trabalho em duplas  com conexão ao terceiro ponto e massagem na forma de tapotagem.
     Com o estado de presença e leveza alcançado após o trabalho corporal, passamos à nossa vivência com arte, realizada através da dança espontânea com véus coloridos. Cada uma pôde escolher sua cor predileta e criar movimentos ao som de músicas de diferentes culturas.  Foi um momento lindo, pela espontaneidade  e criatividade de todas e pela beleza dos véus coloridos dançando no ar.
     Compartilhamos nossas impressões  e  finalizamos com a mandala viva e visualização.
    Como sempre ao final,   nosso chá e as gostosuras preparadas especialmente para nós pela Lisa.   

Março de 2011

     Neste encontro especial de aniversário do Grupo iniciamos nossas conversas em torno da história de vida de Sonabai Rajawar que no início do século 20,  passou 15 anos de sua vida confinada por seu marido   em uma casa sem janelas para o exterior, proibida de ter contato com qualquer ser humano.  Esta mulher de origem humilde, analfabeta , diante de uma situação extremamente difícil, sobreviveu criando um mundo único  de arte e beleza somente com barro e pigmentos extraídos dos alimentos. Quando o confinamento terminou e a casa foi aberta, as pessoas se depararam com uma riqueza de arte  nativa incomum. Hoje suas esculturas estão nos maiores museus do mundo e  ela ensinou sua arte até morrer aos 105 anos. Assistimos ao trailer do belo documentário Sonabai: Another way of seeing. Esse trailer pode ser visto no youtube, digitando-se na pesquisa: sonabai trailer.  Também podemos ver suas obras no site http://www.sonabai.com/.

     Como o feminino não é uma característica exclusiva das mulheres, abordamos também a trajetória de Vik Muniz, um jovem brasileiro, de origem humilde , nascido na periferia de São Paulo, que hoje é um dos artistas mais conceituados no exterior e  desenvolveu um projeto maravilhoso, que mudou a vida dos catadores de  material reciclável do maior aterro sanitário do mundo no Rio de Janeiro, dando origem ao documentário Lixo Extraordinário, que concorreu ao Oscar de 2011. Podemos ver o trailer deste filme incrível no site http://www.lixoextraordinário.net/.

      Diante destes dois exemplos, surgiram as seguintes questões: O que nos sustenta? O que resta quando nada mais resta? De onde partem nossas ações no mundo? Como estar em contato com o nosso centro diante das adversidades?

      Com estas questões em mente e mobilizadas pelas belas imagens  das obras destes artistas iniciamos  nossos trabalhos de consciência corporal dando continuidade ao processo iniciado em fevereiro. Depois do enraizamento,  do eixo, e da flexibilidade, partimos ao encontro do centro. Foi um trabalho bastante delicado e profundo envolvendo a descoberta do  centro da respiração  e da sustentação da voz, que coincidentemente é o centro de gravidade e de sustentação de todo o corpo.

     No final do trabalho corporal, as participantes relataram a sensação de que tinham crescido, de que haviam  sentido realmente no corpo o local deste centro, e uma sensação de expansão e  leveza.

    Aproveitando a fluidez   da vivência, passamos à expressão artística através da dança com movimentos espontâneos surgidos a partir deste centro. Foi um momento de alegria e liberdade.

     Compartilhamos nossas impressões e finalizamos com a mandala viva sentadas, com visualização do terceiro ponto e doação de amor.


Fevereiro de 2011


     Neste  primeiro encontro de 2011, que foi muito especial, iniciamos nossa roda de conversas em torno do livro "Plantando as árvores do Quênia" -  a história de Wangari Maathai - de Claire Nivola - Ed. SM. A foto acima é de uma das páginas do livro, que tem ilustrações  maravilhosas.
     Sua história de coragem, amor, persistência e criatividade, que  através do Movimento do Cinturão Verde culminou no Prêmio Nobel da Paz em 2004, nos emocionou e inspirou. Wangari Maathai  foi a primeira mulher africana a receber um Prêmio Nobel.
     Para realizar  estas tarefas incríveis é necessário estar em contato com sua verdade, alinhar-se com ela,  poder dar-lhe voz, e sustentá-la. Com essas reflexões em mente iniciamos o trabalho de consciência corporal com práticas de enraizamento, alinhamento, flexibilidade. Também realizamos exercícios de percepção dos padrões  respiratórios  e os obstáculos à uma respiração ampla e profunda. Depois, passamos para as  vocalizações, a fim de  conhecermos nossa própria voz e sua potência. Passamos para o trabalho em duplas, para experimentar o dar e o receber, e a conexão com o terceiro ponto,  com massagem  nas costas e região lombo-sacra, que despertou a vitalidade, bem estar e relaxamento, com mudança do padrão respiratório, o que foi percebido por todas.  
     Finalizamos as práticas corporais com uma vivência de integração e harmonização. Passamos para o momento de expressão artística  mantendo vivos os sentimentos e as imagens que surgiram e demos-lhes livre expressão através de desenhos e pinturas com técnica mista. O resultado foi surpreendente e vocês poderão ver as fotos em Nossa Galeria. Compartilhamos nossas impressões e finalizamos com uma mandala viva em pé com  dinâmica de contração e expansão e circulação de amor.



Ciclo: A Ciranda das Mulheres Sábias

Novembro de 2010

Russian Dolls free stock photo
Matreshka family free stock image

      Neste mês, iniciamos nossa roda de conversas em torno do conto russo "A moça que era mais esperta que o czar" , uma história da tradição oral muito divertida. 
     Alguns pontos que surgiram durante nossas reflexões: a questão da sabedoria,  que não vem através do conhecimento teórico. A  criatividade e a liberdade com que nossa heroína enfrentava as tarefas impossíveis impostas pelo czar. De forma sutil ela  mostrava o ponto faco do rei e ele acabava cedendo, ao perceber que suas artimanhas haviam sido descobertas.  Refletimos também sobre a questão de valorizar nossos dons, de não esquecer daquilo que é fundamental, e de trazer nossos dons para o mundo. Como vimos na história: "Não devemos esconder  nossa  luz debaixo da mesa!"
     Com estes pontos em mente, passamos para o trabalho de consciência corporal, numa tentativa de experimentar o espaço interno e acessar esse local de silêncio onde moram a criatividade, a alegria  e todas as infinitas  possibilidades.  Realizamos algumas práticas originárias do Qi Kong ( Tchi Kun) e do Tai Chi Chuan que visam  eliminar obstáculos ao livre fluxo da energia. Eliminamos as tensões físicas e mentais com trabalhos respiratórios e a massagem com os saquinhos de sementes  levando a um profundo relaxamento. Finalmente, com esse estado sereno pudemos realizar a prática do Sorriso Interior  (a descrição completa está na página Corpo e Mente), que é uma prática meditativa  que envolve visualização e respiração  para saúde, vitalidade e  e longevidade.
     Ao término da prática corporal, todas relataram bem estar, alegria, relaxamento. E algumas relataram ter entrado num estado de amorosidade. E com esse estado em mente, mantendo vivas as imagens e sentimentos que surgiram,  passamos para o momento de expressão artística.  Fizemos uma grande roda no chão espalhando todos os materiais no centro e  brincamos  com a técnica da  colagem com diversos materiais: papéis, tecidos, fitas, lãs, botões, sementes, flores, conchinhas e etc. O resultado foi lindo e vocês poderão ver as fotos na página Nossa Galeria
    Terminamos com  uma dança circular  bem alegre  e nossa confraternização com muitas gostosuras.




Outubro de 2010
     Neste mês iniciamos nossas conversas  a partir do conto da mitologia japonesa "O urso da Meia Lua". É uma história  muito bonita do século VI , com influências do xintoísmo e  zen budismo.  Este conto nos  tocou profundamente e  trouxe tantos questionamentos que poderíamos ter passado todo o encontro  em nossas reflexões.
     Destaco apenas alguns temas de nossas conversas: a questão da raiva, de como estabelecer um diálogo com os nossos  aspectos feridos  e selvagens,  de  dar descanso aos mortos para que não se tornem fantasmas a nos perseguir,   do perdão como ato de criação, como possibilidade de renascimento e a questão do contato com o sagrado.
     Com estes pontos em mente, iniciamos nossas vivências corporais experimentando diferentes expressões faciais (de raiva, alegria, serenidade) e percebendo como elas afetavam nossa respiração. Depois realizamos  experiências para perceber os principais pontos do corpo onde armazenamos a raiva, e fomos gradualmente desfazendo estes nós através de trabalhos sincronizados de movimento, respiração e vocalização.  Depois de liberada a tensão,  fizemos a auto-massagem dos  principais meridianos de acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, o que trouxe equilíbrio e vitalidade. Observamos atentamente nosso corpo e mente antes e depois do trabalho de integração psicofísica, para perceber as mudanças que possam ter acontecido.
     Mantendo presentes todas as impressões, realizamos nosso momento de expressão através da pintura em aquarela.  Comentamos as  experiências,  finalizamos com uma dança de roda  e  confraternização.    



Setembro de 2010

     Iniciamos nossa roda de conversas com o conto armênio "Fátima, a fiandeira" , que depois de uma série de desafios e aventuras torna-se Fátima, a fiandeira, a tecelâ, a construtora de mastros de navio e de tendas para o imperador da China. 
    Esta história levantou muitas questões, de acordo com o momento de vida de cada uma das participantes.  
    Salientamos alguns pontos básicos como:  a resiliência, a coragem de desapegar-se do passado para poder receber o que a vida nos apresenta em cada momento e poder aprender com cada experiência, mesmo  com o sofrimento e as perdas.  
    Notamos que Fátima só consegue  passar por cada um dos desafios porque age a partir de um lugar dentro de si mesma onde encontra um centro, um eixo, a partir do qual se lança no mundo.
    Com essas idéias em mente, iniciamos nosso trabalho corporal buscando encontrar este centro e o enraizamento. Localizamos  o centro dos pés, fizemos várias experiências para aumentar nossa área de contato com o chão. Uma vez   experimentado e localizado, passamos a alinhar cada seguimento do corpo com este centro, criando um eixo firme, estável, porém flexível.
     A partir deste eixo experimentamos todas as possibilidades de movimentos de cada uma das articulações do corpo. De forma lúdica, brincamos com a kinesfera de Laban, explorando novos movimentos, novas possibilidades de interação com o mundo. Fizemos também algumas experiências com a  respiração, buscando torná-la mais ampla  e profunda.  Todas relataram um profundo bem estar e um estado de presença ao término do trabalho corporal.
    Mantendo este estado presente, expressamos este momento poético através da escultura em terracota utilizando a modelagem com as mãos e as estecas (instrumentos para escultura em argila). Ao final,  tecemos comentários a respeito de nossas esculturas e de todo o trabalho, e encerramos com uma dança circular e o nosso tradicional chá com bolo, biscoitos e docinhos.


Agosto de 2010

     Iniciamos nossa roda de conversas através do lindo conto árabe : "De como a verdade entrou no palácio do Sultão Harun-al Hashid" e do poema "Verdade"  de Carlos Drummond de Andrade.
     Estamos trabalhando  a verdade aqui na origem do grego 'Aletheia' ( = não esquecer), ou seja, aquilo que é fundamental, essencial e não pode ser esquecido. 
     Para entrar em contato com esse fundamento de si mesma, que traz sentido e alegria para a vida,  utilizamos  trabalhos de consciência corporal envolvendo nossos pés, nossa base , que determinam nossos passos pelo mundo, bem como nosso eixo, a coluna, e o crescimento em espiral. Também demos muita atenção à respiração. Depois realizamos uma vivência de consciência sensorial, para estimular os sentidos . Neste encontro utilizamos o tato.
     Ao final das vivências corporais mantivemos as imagens e sentimentos presentes e os expressamos através de uma experiência com arte. Utilizamos as técnicas secas: pastel seco, oleoso, lápis de cor e hidrocor. No final cada uma teceu seus comentários a respeito do trabalho e finalizamos com uma dança circular .




11 comentários:

  1. Olá:

    Estou chegando agora no blog, mas já gostei do que vi e li.
    Então resolvi fazer parte deste espaço, tão interessante.
    Se tiver curiosidade e interesse em conhecer meu blog, deixo meu link, ok.
    http://meusdevaneiosescritos.blogspot.com.br.
    Bom fim-de-semana!!!!
    Bjs.:
    Sil

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    1. Oi Silvana,

      Seja bem vinda!
      Também adorei seu blog, me tornei seguidora.
      Ótimo fim de semana para você também!
      Abraço

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  2. Oi Cristiane..adorei o blog, e adoraria receber informaçoes sobre MULHERES EM CIRCULO. Há!! onde esta localizado??? quero fazer parte.. eu posso??
    Bjos Silvana

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    Respostas
    1. Oi Silvana,

      Seja Bem Vinda ao nosso espaço.
      Estamos em São Paulo, Capital.
      Mande uma mensagem para nosso e-mail: mulheresemcirculo@uol.com.br que enviaremos todas as informações.
      Abraço

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  3. Oi Cristiane..adorei o blog, e adoraria receber informaçoes sobre MULHERES EM CIRCULO. Há!! onde esta localizado??? quero fazer parte.. eu posso??
    Bjos Silvana

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  4. Olá Cristiane, tudo bem?

    Sou repórter do jornal Agora S. Paulo e estou escrevendo uma matéria sobre grupos dedicados exclusivamente às mulheres em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Encontrei o site do "Mulheres em Círculo" no Google e gostaria de saber se posso te entrevistar por telefone e também fazer imagens do grupo reunido neste sábado!

    Aguardo retorno! Se quiser, pode me ligar ou me passar seu contato! meu telefone é 3224-3654! Obrigada!

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  5. Saudade de nós, as Mulheres em Circulo!!!!!!!!!!
    Hoje passeei pelo blog e me deu muita saudade de poder estar fisicamente junto com todas !
    Meu momento hoje não anda me permitindo, mas vivo e revivo por voces minhas vivencias!
    Um beijo Cris e meninas!!!

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  6. Olá Cristiane!

    Adorei o seu blog, e seu trabalho é lindo, parabéns!
    Tbm trabalho com mulheres, dou aulas de dança do ventre entre outras coisas rs.
    Já to seguindo.
    Beijinhos.

    Flores e Luz.

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    1. Oi Mônica,

      Seja bem vinda!
      Fico feliz que tenha gostado de nosso trabalho, ele é feito com muito amor.
      Abraço

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  7. Olá Cristiane!

    Respondi no meu blog e, trouxe aqui pra vc tbm minha resposta.
    Obrigada pelo carinho viu?
    Então flor, não tenho nenhuma religião, me autodenomino uma cidadã do mundo rsrsrs, caminho por várias paisagens mas não me prendo a nenhuma. Sou iniciada na Bruxaria Livre (pela querida Maíra Cassola), amo a Deusa em todas as suas faces e nomes, principalmente a Deusa Ísis, senhora da minha vida à qual dedico meu sacerdócio. E sim, sou solitária rs. Por não me prender a nenhuma religião, além das Deusas e Fadas que amo, acredito em Anjos e me dedico bastante ao estudo sobre eles tbm no momento.
    Acho que é isso querida rs, qualquer coisa é só perguntar que respondo.
    Beijinhos.

    Flores e Luz.

    PS: não consegui ver seu perfil como seguidora do blog não flor...será que algo deu errado?

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  8. Oi Cristiane, eu amo esse livro !! Mulheres que correm com os lobos é um livro incrível !! Adoro o capítulo da mulher esqueleto!!

    Beijinhos

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