Em nossa sociedade o sexo perdeu ser caráter sagrado e se tornou mais um item de consumo, usado muitas vezes como exercício de poder e busca de gozo a todo custo.
Neste capítulo a autora mostra que na antiguidade havia uma ligação entre o humor, o riso e o prazer sexual. Ela faz uma compilação de pequenas histórias picantes sobre sexo e os órgãos sexuais.
E realmente é verdade: sem humor, não dá para ter libido nem prazer, como eu já mostrei neste post aqui.
Mas o sexo e o humor são apenas o topo do iceberg...a mensagem do capítulo é muito mais profunda, eles são apenas uma consequência da presença de Eros e de uma relação erótica com a vida.
Eros (ou Cupido), o Deus do Amor, representa a energia vital que traz beleza, alegria e sentido para a vida, está ligado aos prazeres sensoriais e inclui também o prazer sexual, mas não se resume a ele.
É necessário parar, apreciar o momento, estar presente em seu corpo com todas as suas sensações: o arrepio de uma brisa refrescante, o sabor de um alimento, um aroma agradável, o calor de um toque, mas também atender rapidamente às necessidades básicas do nosso corpo como sede, vontade de ir ao banheiro…
É incrível a quantidade de mulheres que fica agüentando a vontade até a bexiga estar quase estourando! Negar as necessidades que surgem abaixo da cintura tem sérias conseqüências para a saúde e para a felicidade sexual.
Porque como disse Marion Woodman: a vida passa pelos orifícios de nosso corpo - olhos, ouvidos, boca, nariz, pele e vagina.
Para podermos receber Eros, é preciso estar no estado de Presença. O problema é que a maioria das pessoas vive apenas na cabeça e deixa o resto do corpo desabitado, e assim não há onde receber Eros, o que impede a experiência de plenitude.
Por isso neste encontro focamos nos trabalhos de consciência corporal, com práticas de relaxamento da pelve e respiração e dança. Tudo isso como preparação para uma sessão de Yoga do Riso, onde gargalhamos muito….
O riso é fundamental para a boa saúde física e mental, oxigena todos os tecidos e ajuda na eliminação de toxinas, além disso massageia o períneo e relaxa o corpo, facilitando o desejo e o prazer sexual.
Depois desta experiência tão divertida passamos a uma vivência muito delicada e profunda que envolveu movimento autêntico, onde cada uma pôde criar seu santuário interior e encontrar-se com sua alma.
Finalizamos com a escrita poética desta viagem interior que compartilhamos com o grupo e expressamos nossas imagens interiores através das esculturas em argila (que você pode ver aqui).
Foi um encontro riquíssimo em experiências e significados, que nos preparou para enfrentarmos as grandes tarefas que nos aguardam no próximo capítulo.
Boas férias a todas!