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Para Todas as Mulheres


"Quando seu mundo se mover muito rápido e você se perder no Caos, 

apresente a si mesma para cada uma das cores do pôr do sol.

Familiarize-se com a terra debaixo dos seus pés.

Agradeça ao ar que te rodeia a cada respiração.

Encontre a si mesma na apreciação da vida."

Christy Ann Martine
Escritora


Algum dia haverá meninas e mulheres 
cujos nomes não mais significarão
meramente um oposto do masculino,
mas algo em si mesmo,
algo que faça pensar não em um complemento e limite,
mas apenas em vida e existência:
o ser humano feminino.

Rainer Maria Rilke
poeta alemão
(1875-1926)


Que todas as mulheres encontrem o cuidado amoroso em suas vidas.

Feliz Dia Internacional da Mulher

Para conhecer a origem desta data, clique aqui

Para saber como os homens podem apoiar as mulheres, clique aqui


Imagem: Pinterest

Aprender Amplitudes



Tem uma paineira perto da minha casa. Pela janela da sala, assisto à sua copa passando pelas estações.

Quando me quero planta, me imagino uma delas. Prima das sumaúmas, ela fornece painas que dão colo para pássaros em ninhos primaveris. A árvore parece contraditória. Talvez por isso seja tão interessante. Espinhos cobrindo o tronco contrastam com a leveza do algodão e das flores cobrindo a copa. Os espinhos servem para proteger a espécie e impedem a subida de mamíferos e répteis, cuidando dos pássaros que se alimentam dos frutos e sementes lá em cima.

Parece que, quando jovem, seus espinhos são mais evidentes. Com a altura e a idade, eles ficam mais brandos. Será que com as pessoas também acontece assim?


Há quem acredite que as experiências, ao longo da vida, têm o efeito de ampliar a realidade e afastar o sonho. Algumas pessoas parecem até deixar, propositadamente, os espinhos crescerem bastante para repelir qualquer sonho que queira aproximar-se. Manobra arriscada. 

Quando os espinhos se esticam muito, eles trocam de função: deixam de ser defesa e passam a ser desesperança. É como quando deixamos que as experiências difíceis enruguem as ternuras. O algodão e a flor ficam esquecidos lá no alto, enquanto só nos ocupamos com a nossa fileira afiada de espinhos.

Mas há também as pessoas que conseguem manobrar as experiências de um jeito, que a anatomia ganha outro contorno. Elas acreditam que as experiências servem para aprender amplitudes. E dentro das amplitudes cabe um montão de coisas. 

É o tipo de gente que cuida ao mesmo tempo de espinho, flor e algodão. Às vezes, cuida mais de uma coisa e, às vezes, mais da outra. Mas, enquanto experimenta a vida, continua crescendo. E, de vez em quando, consegue ter uma vista tão boa lá do alto da sua altura, que já se sente forte o suficiente para se proteger sem precisar de tanto espinho. Igual à paineira. 

Quanto mais alta e mais experiente, menos espinhos. 

Quando me quero planta, me sonho uma delas.



Texto: Sibelia Schuler Zanon
Imagens: Pinterest



Insight Poderoso

Foto minha

O insight que este presente me trouxe foi tão poderoso que desejo compartilhar.

A querida @alepassarim viu potência de beleza em um toco de madeira desprezado e o transformou em um delicado e precioso presente.

Contemplando este mimo hoje, me conectei com este estado e percebi que me tornei o que sou POR CAUSA do que me aconteceu e não APESAR DISSO.

Tomo tudo: o bom e o ruim, o belo e o feio, e uso como combustível. Trago minha lamparina para o mundo.

Ninguém alcança sua plena potência negando sua história, sua singularidade; pois isso nos impede de estar realmente presentes na vida. 

Presença. Agora tenho este lembrete de que isso é tudo o que precisamos para manter a luz acesa.

Uma pequena vela dissipa uma enorme escuridão. Sejamos essa  pequena chama.

Gratidão amiga!







Honrar os Ancestrais e Nossa Jornada


Nossos ancestrais não nos pedem para passar adiante derrota e exaustão.

Nem marchar com seus fardos em nossas costas doloridas.

Eles apenas nos mostram como usar sua experiência e sabedoria 
para sermos mais livres.

Reverencio a respeito a forma como enfrentaram seu destino.

Recebo a vida com gratidão, com tudo que custou a vocês 
e com o que custa para mim.

Eu os deixo em Paz, que estejam na Luz.

Aqui fico para realizar coisas boas e belas, 
que tragam felicidade a mim e a todos ao meu redor.

Assim honrarei minha linhagem.




O Que Acontece Quando Nos Desconectamos de Nosso Corpo?

Pintura corporal do artista John Poppleton

Uma das queixas mais comuns nos consultórios hoje em dia é sobre não aceitar seu próprio corpo. A propaganda excessiva de corpos esculturais e jovens gera um desconforto na maioria das mulheres.

No momento em que começamos a nos julgar e a nos comparar, caímos numa armadilha e não estamos mais presentes em nosso corpo. Quais são as consequências disso?

John Poppleton

1 - Nos desconectamos da nossa sabedoria interna
Como podemos ouvir nosso interior se estamos diariamente nos criticando, dizendo como nosso corpo está errado?
Como nos conectar com  as sensações do nosso útero se estivermos usando uma cinta tão apertada que nem podemos respirar?

2 - Criamos uma competição nociva
Quando julgamos nosso corpo com base em padrões nós perdemos a habilidade de honrar a beleza de cada expressão única do feminino.
Assim como nos julgamos, começamos a buscar "defeitos" em outras mulheres para que nos sintamos melhor. Isso prejudica os relacionamentos com outras mulheres e com o feminino em nós.

3 - Limitamos nosso senso estético
Julgando a nós mesmas e às outras mulheres unicamente com base na aparência e adequação a padrões, limitamos nossa experiência de beleza, que é multidimensional.
Desta forma estamos ignorando que a beleza externa e a interna devem andar juntas.

4 - Perdemos nosso saudável senso de limite
Quando objetivamos nossos corpos, perdemos a confiança em nós mesmas e isso prejudica nossa intuição.
Quando uma pessoa tem uma atitude invasiva, geralmente sentimos um desconforto físico, talvez uma tensão no abdome ou outra sensação física, avisando que algo está errado e nos permite estabelecer limites.
Se não estivermos presentes em nossos corpos, não iremos registrar esses sinais e podemos ser invadidas, ou nos colocarmos em situações de risco, ou ficarmos em relacionamentos abusivos.

Você imaginava que o relacionamento com nosso corpo teria tantas consequências?

John Poppleton

Sinta seu corpo agora, respire profundamente, perceba seu coração batendo lealmente, suas células trabalhando pelo seu bem estar. Mesmo que esteja doente, seu corpo está fazendo o melhor que pode para se curar.

Ele muda de acordo com as estações do ano e os ciclos da lua...

Sinta o milagre que você é, agradeça e nutra-se com amor.




Ampliando a Beleza dos Relacionamentos


O que vemos quando olhamos para nossos entes queridos?

Começamos a enxergá-los de um jeito e,  em pouco tempo, não desconfiamos que essa pessoa seja muito mais do que nos parece,  de que  ela encarne diferentes risadas, olhares, gestos.     

A cegueira se evidencia quando a flagramos em outro mundo, seja encontrando um amigo de infância ou fazendo algo inusitado. É como se fosse outra pessoa!

Nunca abraçamos alguém por inteiro - e nem deveríamos tentar.

Seu/sua companheiro/a nunca foi nem nunca será apenas seu companheiro: é uma pessoa que vive com você. Conectar-se com essa pessoa livre, não apenas com suas identidades, é o melhor jeito de aprofundar a relação.

Conhecer o outro muitas vezes significa congelar o outro. Para conhecer alguém é preciso desconhecê-lo, relacionar-se com o espaço onde surgem suas faces e histórias. Liberar o outro de quem ele é (ou de quem pensamos que seja).

Impedimos as pequenas mortes e renascimentos quando silenciosamente, sem saber, exigimos que o outro encarne de novo e de novo o personagem com o qual estamos acostumadas.

Desejamos suspresas ao mesmo tempo que as dificultamos. Ao controlar, tentamos garantir que a relação dure, que não sejamos abandonadas, que o outro não seja assim tão livre: "Mude, mas somente dentro das mudanças que eu espero."

Conhecer o outro é alimentar sua imprevisibilidade, descobrir não tanto o que a pessoa é ou foi, mas quem não é, quem ainda pode ser.

E isso é lindo...aumenta as possibilidades criativas dos relacionamentos e da vida!

Gustavo Gitti

O Vício da Perfeição e a Imagem Corporal


Quando o Vício da Perfeição se manifesta na imagem corporal a maioria de nós se identifica.

Em nossa cultura o corpo é tratado como objeto, como se a aparência fosse garantia de afeto.

A insatisfação por ser magra ou gorda, muito peito, pouco peito, quadril largo, quadril estreito, cabelos grisalhos, celulite, estrias, rugas... e tantos detalhes aos quais as mulheres dão importância exagerada movimenta um enorme mercado.

Além disso, manter as mulheres insatisfeitas com seus corpos é uma forma de distração e pulverização de nossa energia, que poderia ser melhor utilizada para realização pessoal e atuação no mundo.

O corpo é nosso melhor amigo, mas o tratamos como se fosse o pior inimigo. Se estivermos saudáveis, o corpo terá o tamanho certo para a energia que contém.

O trabalho da alma é descobrir a magnífica consciência de que a matéria está impregnada, de que nosso corpo está repleto e assim manter a energia fluindo em nós.

Se prestarmos atenção na luz em uma roseira, na energia de uma árvore, vamos perceber que essa luz e energia estão em nós, em nosso próprio corpo, vamos entender que nascemos para viver no amor que permeia toda a vida.

Assim cada corpo será de uma beleza sagrada.

E isso nos dá uma força incrível!

Quanto amor, alegria, suavidade, delicadeza, prazer e potência podemos sentir através do corpo?



Maria Madalena - A Mulher do Vaso de Alabastro

Arte: Shiloh Sophia McLoud

Quando o Sol e a Terra se alinhavam com Sírius, a estrela mais brilhante do céu, as sacerdotisas da Irmandade de Ísis realizavam a cerimônia de selamento dos pequenos vasos de alabastro, que continham perfumes e essências alquímicas sagradas e mágicas, produzidas ao longo de muito tempo de dedicação.

O selamento era feito de forma que uma vez quebrado o selo, não poderia mais ser fechado. Portanto, cada sacerdotisa guardava seu precioso frasco para usar em uma ocasião realmente especial ou para uma cura espiritual.

Entre elas estava uma que recebeu o nome de Maria de Magdala.

Maria é um dos títulos honoríficos da Deusa de Ísis. Muitas mulheres recebiam o nome de Maria para honrar a Grande Mãe.

Magdala não é apenas o nome de uma cidade. MAG significa Magia e DALA (relacionado à letra Dalet do alfabeto hebraico significa Porta/Portal e também Torre).

Portanto ela era a Guardiã do Portal da Magia da Grande Deusa. 
Esse Portal é simbolizado pelo ventre feminino e pela sexualidade sagrada.

Na Santa Ceia, ela quebrou o frasco e usou o precioso e raro perfume para untar os pés de Jesus, secando-os com seus cabelos. Esse gesto era um ritual de honra pagão, algo que só era oferecido a reis e Jesus aceitou com amor apesar das críticas de seus discípulos. 

Ela se tornou a principal discípula e herdeira dos ensinamentos do Mestre Jesus, a Guardiã do Santo Graal. Ao longo dos séculos muitos tentaram silenciá-la ou difamá-la. Apesar disso, a energia sagrada do feminino que ela representa persiste e retorna ao mundo. Ela foi canonizada, reconhecida como Santa.

Em 22 de Julho, quando o Sol e a Terra se alinham com Sírius, a estrela mais brilhante do céu,  acontece a transição do signo de Câncer (lunar) para o signo de Leão (solar), a abertura do Portal energético onde se reúnem as energias do feminino e masculino.

Da numerologia, sabemos que 22 é um número perfeito pois é múltiplo de 11 (o número da iluminação espiritual). Duas vezes 11, duas almas iluminadas unidas (Jesus e Maria de Magdala).

Também nesta época temos o Festival Judaico Tu Beav, o dia das almas gêmeas ou o dia do amor segundo a Kabbalah, em 2021 ocorre entre os dias 23 e 24 de julho. É uma data móvel no calendário solar ocidental, pois acontece sempre no dia 15 do mês Av, do calendário judaico que é lunar. Mas sempre próximo desta data.

Não foi por acaso que este dia foi escolhido para a Festa de Santa Maria Madalena! Sempre retratada na arte sacra como a mulher do vaso de alabastro... 

Há muitos portais energéticos neste período até o início de agosto, quando acontecem os festivais da Roda do Ano nas culturas ancestrais. 

Vamos celebrar e honrar esta energia maravilhosa, delicada e poderosa ao mesmo tempo, e seguir o caminho do cuidado amoroso com a existência.

Linda história, não é? 



Às Vezes Um Deus Selvagem...


Às vezes um deus selvagem chega à mesa.
Ele é estranho e não conhece as artes da porcelana,
Dos talheres, da mostarda e da prata.
Sua voz transforma o vinho em vinagre.

Quando o deus selvagem chegar à porta,
Você provavelmente vai temê-lo.
Ele lembra algo escuro
Com que você talvez tenha sonhado,
Ou o segredo que você não quer compartilhar.

Ele não toca a campainha;
Em vez disso, raspa a porta com os dedos,
Manchando a tinta de sangue,
Embora as prímulas cresçam em círculos ao redor de seus pés.

Você não quer deixá-lo entrar.
Você está muito ocupado.
É tarde, ou cedo, e, além disso,
Você não consegue olhar de frente para ele
Porque ele o faz querer chorar.

Seu cachorro late; 
O deus selvagem sorri.
Estende a mão,
E o cão lambe suas feridas.
Depois o leva para dentro.

O deus selvagem está de pé em sua cozinha.
A hera tomou conta de seu aparador,
O visco se instalou nos abajures, 
E as carriças começaram a cantar
Uma canção antiga no bico de sua chaleira.

“Não tenho muito”, você diz, 
E lhe dá o que há de pior em sua comida.
Ele se senta à mesa, sangrando, 
Tosse raposas.
Há lontras em seus olhos.

Quando sua esposa chama lá de cima,
Você fecha a porta 
E diz que está tudo bem.
Você não vai deixar que ela veja
O estranho hóspede à sua mesa.

O deus selvagem pede whiskey
E você lhe serve um copo,
Depois serve outro para si mesmo.
Três cobras começam a fazer ninho
Em sua laringe. Você tosse.

Ó, espaço infinito!
Ó, mistério eterno!
Ó, infindáveis ciclos de morte e nascimento!
Ó, milagre da vida!
Ó, assombrosa dança disso tudo!

Você tosse novamente,
Cospe as cobras
E dilui o whiskey, 
Enquanto se pergunta como envelheceu tanto
E onde foi sua paixão.

O deus selvagem enfia a mão numa bolsa
Feita de pele de toupeira e rouxinol.
Tira dela uma flauta de bambus,
Ergue uma sobrancelha
E todos os pássaros começam a cantar.

A raposa pula para dentro de seus olhos.
As lontras correm da escuridão.
As cobras se espalham por seu corpo.
Seu cachorro uiva e, no andar de cima,
Sua mulher se alegra e chora ao mesmo tempo.

O deus selvagem dança com seu cachorro.
Você dança com os pardais.
Um veado branco puxa um banco
E muge, entoando hinos para encantamentos.
Um pelicano pula de cadeira em cadeira.

À distância, guerreiros pulam de seus túmulos; 
O ouro antigo cresce como grama nos campos.
Todos sonham com as letras de canções há muito esquecidas.
As colinas ecoam e as pedras cinzentas soam
Com risadas, loucura e dor.

No meio da dança,
A casa se eleva do chão.
As nuvens entram pelas janelas;
O raio atinge a mesa com força
E a lua se inclina para dentro.

O deus selvagem aponta em sua direção.
Você sangra muito.
Você sangra há muito tempo,
Talvez desde que nasceu.
Há um urso na ferida.

“Por que você me deixou morrer?”
Pergunta o deus selvagem e você diz,
“Eu estava ocupado sobrevivendo.
As lojas estavam todas fechadas;
Eu não sabia como. Sinto muito.”

Escute-os:
A raposa em seu pescoço 
E as cobras em seus braços,
A carriça e o pardal
E o veado ...
As grandes bestas inomináveis
Em seu fígado e seus rins e seu coração ...

Há uma sinfonia de uivos.
Uma cacofonia de conflitos.
O deus selvagem balança sua cabeça e
Você acorda no chão
Segurando uma faca,
Uma garrafa e um punhado de pelo preto na mão.

Seu cachorro dorme na mesa.
Sua esposa se agita lá em cima.
Lágrimas lhe correm pela face;
Sua boca dói de rir e gritar.
Um urso negro está sentado junto ao fogo.

Às vezes um deus selvagem chega à mesa.
Ele é estranho e não conhece as artes da porcelana,
Dos talheres, da mostarda e da prata.
Sua voz transforma o vinho em vinagre
E ele traz os mortos de volta à vida.

Autor: Tom Hirons
Tradução: Lourdinha Heredia


As Mil Faces do Materno. Feliz Dia das Mães!


Embora gerar e criar um outro ser seja uma experiência incrivelmente transformadora, do ponto de vista psicológico, a função materna transcende este fato.

Envolve os gestos de acolher, gestar, dar à luz, nutrir, cuidar, proteger, orientar... e isso pode ser feito de muitas maneiras.

Ao longo da vida, encontramos vários tipos de mãe:

as que criam seus filhos com amor e dedicação,  
as que são mães de idéias que transformam vidas, 
que gestam e criam projetos que beneficiam a muitos, 
as que dão à luz novos conceitos e paradigmas, 
que lutam por um mundo melhor,
as que nutrem corpos e almas,
que cuidam do que é de todos,
 que preservam valores humanos num mundo em transição, 
as que protegem a nossa mãe natureza,
as que nos acolhem e nos orientam em nosso caminho. 

A todas vocês minha sincera homenagem e minha gratidão.

Feliz Dia das Mães!



O Círculo da Sabedoria


Eu te convido a entrar por um momento
no Tempo e Espaço Sagrados,
em uma forma de ver que é ampla e espaçosa.

Veja este Dia, 
do momento em que você se levantou nesta manhã
até o momento em que for dormir, 
como uma Cerimônia.

Dividida em pequenos e conhecidos rituais,
com o seu Coração como o Altar.
Você, parte dos Ciclos de Luz e Escuridão.

Agora, comece a ver sua Vida,
do momento da sua Concepção até o momento da sua Morte,
como uma longa e contínua Cerimônia, repleta de rituais.

Alguns conhecidos, outros desconhecidos e desafiadores, 
com sua Casa e Todas as Suas Relações como o Altar.
Você, parte de muitos Ciclos e Estações.

Agora, veja esta Cerimônia da sua Vida
como parte de uma Cerimônia muito maior
que se estende Sete Gerações no Passado
e Sete Gerações no Futuro, 
feita de muitos Nascimentos e Mortes.
Com este lindo Planeta Terra como o Altar.
Você, parte da grande Teia e Fluxo.

Agora, imagine esta enorme Cerimônia
como apenas uma parte 
de uma Cerimônia tão Grande e Magnífica
que é difícil compreender.

Um vasto Círculo Cerimonial, rico e vibrante
com milhões e milhões de Círculos de Luz Dançantes.
E Você, um destes Círculos Rodopiantes,
uma Dançarina no Altar do Universo
onde o Tempo é Eterno.

Que Você possa dançar na Beleza.

Sedonia Cahill
(1936 - 2000)
Poeta e Cerimonialista Americana



Prece ao Povo de Pedra - Cerimônias Xamânicas do Curso Correndo com Lobos


Bibliotecas sagradas gravadas em pedra 
Por favor, ajudem-me a encontrar o meu caminho;  

Símbolo de tudo o que a Terra conheceu, 
Mostre-me o idioma que você fala.  

Para que eu leia o seu alfabeto 
e compreenda a mensagem silenciosa 
que você me envia. 

Enquanto descansando em minha vontade, 
compreendo o significado dos passos que devo dar 
para andar com você na beleza 
quando meu espírito acordar.

O calor que me envia é um entendimento vivo, 
refletido pela Mãe Terra e o Mistério Sagrado.

Você desperta a Recordação que sinto dormindo dentro de mim.
Você conhece o meu desejo mais profundo de ser tudo o que posso ser.

Silenciosa mensageira da Terra, 
Minha mestra feita de pedra: 
Eu honro suas sementes de sabedoria 
e o conhecimento que você semeou no meu coração. 

Assim seja

Cristiane Marino


As pedras e os cristais são considerados seres vivos pelas culturas ancestrais, emanam grande poder de cura e sabedoria da Terra, são livros abertos para quem souber apreciá-las.

Esta é uma prece elaborada por mim com base nos ensinamentos recebidos das mestras Jamie Sams e Sandra Ingerman, às quais sou muito grata. É fruto dos meus 40 anos de estudos e práticas no caminho das tradições de cura ancestrais.

Ela é usada especialmente nas cerimônias de consagração da Mandala das Intenções no início do Curso Correndo com Lobos. Uma vivência muito bela, de direcionamento para o caminho pessoal de cada aluna ao longo do curso.

Portanto, se for compartilhar, por favor, cite a fonte. Ficarei feliz se ela trouxer beleza e sentido para você. 

Você se sente conectada ao Povo de Pedra? 



Música Reloj de Campana - O Despertar das Mulheres - Grupo Correndo com Lobos

O poder da voz e do canto é destacado no Capítulo 1 - La Loba, bem como os três níveis de audição, para encontrar a sabedoria ancestral.

Um dos exercícios propostos é cantar. Excelente para reduzir a ansiedade, trazer centramento e clareza, despertar a alegria.

Esta é uma canção tradicional dos Círculos de Mulheres em toda a América Latina e também no Brasil. 

Bela, delicada e forte como nós... Fácil de aprender. E gostosa de ouvir.. A letra em espanhol está no descritivo do vídeo e a tradução segue aqui abaixo no post.


Relógio de sino, toque-me as horas
Relógio de sino, toque-me as horas

para que despertem todas as mulheres
para que despertem as mulheres todas.

Porque se despertam todas as mulheres 
Porque se despertam todas as mulheres 

Irão recordando seus grandes poderes.
Irão recordando seus grandes poderes.

Relógio de sino, toque depressa
Relógio de sino, toque depressa

para que despertem as sacerdotisas 
para que despertem as sacerdotisas

A que invoca o céu, A invoca a água,
A que invoca o fogo, A que invoca o ar
A que traz oferendas para sua Terra Mãe
A que traz oferendas para sua Terra Mãe.

Por que de suas filhas ela necessita
Por que de suas filhas ela necessita
que cantem e dancem cheias de alegria.
que cantem e dancem cheias de alegria.
invocando sempre os quatro elementos.

Reloj de Campana · Abuela Malinalli Cantos de la Danza de la Luna Ollintlahuimetztli


O Que Eu Sei Na Medula Dos Meus Ossos - Poema de Clarissa Pinkola Estés


Não é nossa missão consertar o mundo inteiro de uma vez,
mas nos esforçarmos para reparar a parte do mundo
que está ao nosso alcance.

Qualquer coisa, mesmo sutil ou pequena,
que uma alma possa fazer para ajudar outra alma,
dando assistência a alguma parte deste pobre mundo sofrido,
ajudará imensamente.

O que é necessário para uma mudança dramática
é o acúmulo de ações.
Mais, mais, e mais....continuamente...

Sabemos que não são necessárias todas as pessoas da Terra
para trazer justiça e paz,
Mas apenas um pequeno e determinado grupo
que não desistirá durante a primeira, a segunda 
ou a centésima tempestade.

Uma das ações mais pacíficas e poderosas para intervir
num mundo tempestuoso é ficar firme e mostrar sua alma.
A alma brilha como ouro em tempos escuros.
A luz da alma atira centelhas, envia labaredas,
manda sinais de fogo e incendeia as outras.

Mostrar a lanterna da alma em tempos sombrios como estes
Ser ao mesmo tempo implacável e misericordiosa,
Ambos são atos de imensa bravura e enorme necessidade.

As almas que lutam recebem luz de outras almas
que estão completamente acesas e dispostas a iluminar o caminho.
Se você conseguir apenas acalmar um tumulto (externo ou interno), 
já será uma das coisas mais poderosas que poderá fazer.

Sempre há momentos em que nos sentimos desencorajadas.
Eu também sinto desespero muitas vezes em minha vida,
mas não lhe ofereço um assento; eu não o entretenho,
Não permito que coma do meu prato.

A razão é simples.
Na medula dos meus ossos eu sei algo que você também sabe:
Que não pode haver desespero quando
você se lembra por que veio para a Terra,
a Quem você serve e Quem te mandou para cá.

As boas palavras que  dizemos
E as boas ações que realizamos não são nossas.
Elas são as palavras e as ações Daquela que nos trouxe aqui.

Clarissa Pinkola Estés


Ela o declamou durante uma palestra. A tradução foi feita por mim, pois até o momento não foi publicado em português.

Foi postado aqui em 2014, trago-o novamente para inspirar a todas nestes tempos turbulentos e especialmente às Lobas que iniciarão a jornada em janeiro.

Um abençoado Ano Novo para todas!