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Auto Regulação Emocional - 7 Soluções Básicas




Sete soluções básicas para lidar com as emoções de forma suave e segura. 

Um aprendizado que tem me ajudado muito. Para ser incorporado no nosso dia a dia, para o cuidado amoroso com nossas vidas.




Atitudes Geradoras de Raiva e Agressividade - Parte 2


Agora que já aprendemos a lidar com as armadilhas da Generalização e a Desvalorização, vamos falar um pouco sobre o terceiro gerador de agressividade e como sair desse  jogo!

3 - Transferência de Responsabilidade: 

A Culpa 
Um tenta jogar para o outro a culpa pelo que está sentindo, responsabilizando o outro pelos próprios sentimentos. 

Exemplo: "Olha o que você me fez fazer!" ou "Fiz tal coisa porque você me deixou louca."
    
Mas também há pessoas que culpam a si mesmas pelo que o outro sente, mesmo que o outro não diga nada. Lembre-se: A culpa é ingenuamente pretensiosa. Não temos tanto poder assim.
  
E ainda há pessoas que querem ser salvadoras, agindo como intermediárias entre os dois protagonistas, tentando eximir cada um de sua responsabilidade, o que atrapalha inda mais.

Saída: Cada um é responsável pelo que sente. Não carregue pedras que não te pertencem.

Só aceite uma terceira pessoa para intermediar o conflito se for um profissional treinado para isso.

Leitura de Pensamento
Durante a infância, precisamos que os adultos percebam nossas necessidades e as atendam. Mas como adultos precisamos expressar claramente nossas necessidades e não esperar que os outros adivinhem. 

Muitas pessoas querem continuar a ser tratadas como crianças, especialmente nos relacionamentos amorosos, esperando que o outro adivinhe suas necessidades, como se isso fosse prova de amor!

Ao invés de ficar tentando adivinhar o que o outro deseja, pergunte! Ao invés de esperar que o outro adivinhe seus desejos, diga claramente o que quer. Assim o relacionamento pode florescer.

Para Sair dos Jogos Psicológicos

Resolva os desentendimentos diretamente com a pessoa envolvida. 

Atenha-se sempre aos fatos: o que, quem, quando, onde, como.

Foque na respiração para manter a clareza mental.

Cuide bem de si mesma para prosseguir, não imponha sua irritabilidade e frustrações aos outros. (Veja as dicas para lidar com emoções fortes na primeira parte deste post).

Não coloque terceiros na situação, a menos que necessite de ajuda profissional.

Lembre-se: Ninguém é obrigado a atender a pedidos não ditos. 
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Para ver a primeira parte, clique aqui








Atitudes Geradoras de Raiva e Agressividade - Parte 1


Já notou que algumas atitudes geram raiva imediatamente e nos prendem em jogos psicológicos desgastantes? Aprenda a percebê-las e a evitá-las. 

São 3 tipos: Generalizações, Desvalorização e Transferência de Responsabilidade.

Lembre-se de focar na respiração para ter centramento e perceber as armadilhas.

1 - As Generalizações

Exageros: todos, sempre, nunca, ninguém, em todo lugar... 
São realmente todos? É realmente sempre? Não há nenhum exemplo contrário? 

Saída: usar uma linguagem moderada. "Várias vezes", "muitas pessoas", "raramente", "frequentemente",...Isso vai dar credibilidade à sua fala e reduzirá a agressividade na conversa.

Fusões: misturar problemas diferentes na mesma conversa. 
Exemplo: "Sim, mas outro dia você...."

SaídaEstabeleça um assunto principal e permaneça focada. Se o outro for quem está trazendo questões diferentes, responda: "Cuidaremos desse problema assim que resolvermos este que estamos tratando agora."

Interpretação duvidosa: tomar um caso pelo todo, usar um exemplo como prova.
Exemplo: "Ela não me cumprimentou, isso prova que..."       
     
Saída: Traga a conversa de volta para o foco: "Que soluções você propõe para este problema?"

Focalize a conversa na direção das soluções e do futuro. 

2 - A Desvalorização - A desvalorização é um potente gerador de agressividade porque ela nos priva da individualidade e nos coloca em posição de inferioridade para que o outro controle a conversa.

Comparações críticas: Exemplos: "Ele pelo menos fez...você não fez nada...", ou "Você viu, querida, que a vizinha fez regime?"

Saída: "Ao invés de me comparar com outra pessoa, por que não diz o que espera de mim? "

EtiquetasExemplos: "boneca", "balofo", "você, o imprestável..."; "você, a feminista"; "você, o machão"; e etc...

Saída: "Não sou ..., meu nome é ..., peço que o utilize em nossa conversa."

Cuidado com os apelidos. Eles podem ser afetuosos, mas às vezes  infantilizam e desvalorizam. Evite apelidos em conversas sérias.

O tom acusador e "o porquê": o objetivo é fazer o outro se justificar
     
Quanto mais se justificar, mais afundará nesse jogo. Não se sente no banco dos réus. Atenha-se aos fatos e ao tema da conversa.

Dicas Gerais
No calor das emoções às vezes é difícil perceber estas armadilhas. Se algo te incomodar numa conversa, dê uma pausa, respire. 

Se possível saia do ambiente em que está, vá ao banheiro e lave o rosto e a nuca com água fria. O estímulo frio ajuda a ativar a via restaurativa do sistema nervoso. Isso ajuda a ter clareza. 

Se for uma situação muito estressante, adie a conversa para outro momento, assim poderá refletir sobre  a dinâmica da situação e escolher as melhores saídas. 

No próximo post vamos falar sobre o terceiro gerador de raiva e como nos livramos desses jogos psicológicos.

Para ver o próximo post clique aqui

Quanta Liberdade Você Tem?



Como medir o grau de liberdade de uma pessoa? 

Basta perceber a distância entre um estímulo e sua resposta. 

Quanto mais rápido vier a resposta, menor o grau de liberdade. 

Quanto mais tempo entre o estímulo e a resposta, maior será a liberdade. 

Como assim? 

É simples: se respondemos imediatamente a um estímulo, estaremos respondendo a partir de condicionamentos adquiridos. Será algo reativo. Não há espaço interior para processar emoções, pensamentos... portanto, menor grau de liberdade.

Se o tempo entre o estímulo e a resposta é maior, há tempo para assentar, cuidar das emoções que surgirem e perceber se merece uma resposta ou não. Se merecer, posso refletir como quero responder. 

Neste caso não será uma mera reatividade condicionada, ha espaço para fazer diferente, para escolher como responder; portanto o grau de  liberdade é maior.

Por exemplo, todo mundo já experimentou conversar com alguém que nem te deixa terminar uma frase e já vai respondendo. Qual é o grau de liberdade dessa pessoa? Isso gera mal entendidos e desgastes desnecessários não é? 

Ou então o imediatismo das redes sociais que estimulam as interações impulsivas, debates desgastantes no calor das emoções, excesso de exposição da vida pessoal, agradar seguidores...qual o grau de liberdade que há nestes comportamentos? 

Quero aumentar meu grau de liberdade. Como faço?

Comece respirando profundamente uma vez antes de responder a uma fala de alguém. Não responda de imediato. Uma simples respiração pode interromper o circuito reativo gerado  no sistema límbico e dar um pequeno espaço para refletir. 

Diante de um convite, uma proposta ou uma decisão, experimente dizer: Vou pensar sobre isso e responderei assim que possível.

Nas redes sociais, se um comentário ou um post despertar raiva, deixe o celular de lado por um minuto. Levante-se, respire, tome uma água. Dê um tempo para ver se quer interagir e como. 

Lembre-se sempre de se conectar com a respiração quando precisar de centramento. A respiração é a senhora da mente. Quanto mais conectada com ela, mais fácil ampliar nosso grau de liberdade.

É um aprendizado, não desista. Com o tempo nosso espaço interno vai aumentando.

Por que é tão importante aumentar o grau de liberdade? 

Porque quanto maior o grau de liberdade, mais recursos disponíveis para enfrentar os desafios e mais fácil cultivar a paz interior.

Interessante, não é? E faz tanta diferença...😉

"A única forma de lidar com um mundo sem liberdade 
é tornar-se tão absolutamente livre 
que sua mera existência seja um ato de rebelião."
Albert Camus




Sustentar Espaço - Parte 2


Como abrir espaço interno e sustentá-lo? 
 
Isso podemos aprender. É um exercício de amor.

Lembre-se de ancorar na respiração e relaxar a língua sempre que precisar de centramento (como ensinei no post anterior) 😉

Dicas para este aprendizado:
  
1 - Ofereça-se somente a quantidade de informação e estímulos com a qual é capaz de lidar em cada momento. 

2 - Afaste-se do que te sobrecarrega emocionalmente ou drena sua energia.

3 - Se houver sobrecarga emocional, procure um lugar seguro e deixe as lágrimas fluirem; se estiver com raiva, soque uma almofada. 

4 - Com os passos 1, 2 e 3 a tensão interna se reduz bastante, assim é possível se conectar com a intuição. 

5 -  Deixe o Ego fora disso. Permita-se errar. Onde não há espaço para errar, não há espaço para criar.

6 - Permita que cada pessoa viva sua história, isto tira um peso enorme dos nossos ombros.

7 - Quando estiver atravessando momentos difíceis busque inspiração na natureza, artes, música, boas leituras. 

8 - Encontre formas criativas de expressar suas emoções: faça uma colagem, pinte, escreva num diário, dance, cante...

9 - Aceite que outras pessoas sustentem espaço para você quando necessário. Aceite ser cuidada. 

Vá treinando cada passo com paciência e amor até que se torne um hábito. Então será uma boa anfitriã para si mesma e poderá sustentar espaço para sua alegria de viver e para ajudar outras pessoas.

"Se a sua compaixão não te inclui , ela é incompleta"
Buda Sakyamuni


Para ver a primeira parte deste post, clique Aqui







O Que é Sustentar Espaço? Porque é Tão Importante?



Você é uma boa anfitriã para si mesma? 

Esta pergunta costuma causar espanto, pois a maioria das pessoas pensa em ser boa anfitriã para os outros, mas esquece de si.

Mas para transformar algo, desde uma mudança de hábitos no cotidiano, elaborar uma perda, acompanhar a jornada de outra pessoa, ou realizar algo que tenha impacto positivo, é necessário primeiro sustentar espaço para si mesma. 

Sustentar espaço é estar presente, sem julgamento, e sem necessidade de uma resposta imediata.

Assim é possível acolher emoções, dúvidas e conflitos internos, e aguardar para que cada coisa encontre seu lugar dentro de nós. É algo que podemos aprender e cultivar.

Para começar, conecte-se com a respiração sempre que precisar de centramento. Relaxe a língua dentro da boca e perceba como isso muda o padrão respiratório. Ao soltar a língua, naturalmente a garganta, o diafragma e o assoalho pélvico relaxam permitindo uma respiração suave e profunda. 

Faça pequenas pausas ao longo do dia para simplesmente existir.  Olhe pela janela,  veja o céu ou algum detalhe da paisagem, respire. Apenas alguns minutos já ajudam a desacelerar.

É algo tão simples, mas reduz a ansiedade e traz clareza mental. Permite a auto-regulação emocional. O primeiro passo para aprender a sustentar espaço.

Inclua este pequeno cuidado no seu dia a dia e perceba a diferença.

A partir daí é possível aprender a sustentar espaço para lidar com as emoções, sintonizar com a intuição, a criatividade e principalmente para a alegria de viver, como vou explicar no próximo post.

Para ver a continuação, clique Aqui





Abandonar o Papel de Vítima - Cap. 1 - O Barba Azul


Já se perguntou por que nos sabotamos, adiamos coisas que são importantes para nossa alma ou repetimos situações que nos prejudicam? 

Porque todos temos também aquilo que não é belo e elevado; a destrutividade. Para vivermos de forma íntegra e buscarmos a completude precisamos cuidar disso também.

Quando não é identificado e devidamente cuidado,  esse aspecto destrutivo permanece inconsciente. 

Desta forma podemos encontrar pessoas e situações em nossas vidas que têm as características ideais para receber a projeção do nosso próprio predador interno e nos vemos dentro de uma situação abusiva ou destrutiva.

Conforme disse Jung: 
"Aquilo que negamos em nós mesmos, enfrentamos como destino."

Somos ensinadas desde muito cedo a sermos boazinhas, a ingenuidade é valorizada como qualidade, o que nos torna presas fáceis para esse aspecto negativo.  

Ao invés de brigar com ele, ou de reprimi-lo, nós o desarmamos.

Preste atenção à sua intuição, faça perguntas, seja curiosa, veja o que estiver vendo, ouça o que estiver ouvindo e depois aja com base no que seu coração sabe ser a sua verdade.

Assim é possível direcionar a força desse aspecto negativo a favor da vida. 

O veneno transforma-se em remédio. 

Entendeu? 😉

Um resuminho do nosso encontro do Grupo de Estudos e Vivências do Livro "Abandonar o Papel de Vítima", de Verena Kast. Mês que vem tem mais...


Abandonar o Papel de Vítima

Abandonar o Papel de Vítima
Verena Kast

Todos os elogios que eu fizer serão poucos para este livro que tanto contribuiu para o meu próprio processo de cura.

Finalmente consegui resolver questões com as quais lidava há anos em terapia e outras abordagens, mas me sentia empacada. A sensação é de renascimento.

Escrito recentemente, durante a Pandemia, lançado em português em 2022. Passei o ano todo trabalhando com ele: refletindo, fazendo as práticas, anotando percepções, sonhos, imagens e etc... foi maravilhoso.

A autora tem 50 anos de prática clínica. Atualmente com 81 anos, continua atendendo pacientes e dando aulas. Já escreveu mais de 30 livros, dos quais 15 foram traduzidos para o português.

Neste livro ela aborda os vários aspectos da dinâmica: Vítima - Vilã - Salvadora, com suas armadilhas sutis que impactam em nossa saúde, relacionamentos, realização pessoal e prosperidade.

Usa contos de fadas, casos clínicos, filmes, exemplos do cotidiano e de sua própria vida para explicar tudo de forma acessível. É uma leitura que exige tempo para reflexão.

Ela é bem focada na solução destas questões e isso me agrada muito. Quem não quer se mover para além da dor?

Ao final de cada tema abordado ela propõe uma vivência ou prática para nos ajudar a lidar com aquele aspecto. E também o trabalho com sonhos, imaginação ativa, comunicação não violenta, focalização e arte-terapia.

Um dos contos do livro é o do Barba Azul, com uma abordagem bem diferente daquela da Clarissa Pinkola Estés. Uma perspectiva ampliada que trouxe muitos insights!

Depois de tudo isso, aflorou a vontade de oferecer a outras mulheres a possibilidade de usar estes recursos em seu processo de cura e na prática clínica.

A partir de maio iniciaremos um Grupo de Estudos deste livro. Leremos juntas, discutiremos o texto, faremos as práticas que ela propõe e teremos um espaço para o trabalho com sonhos.

Preparei tudo com muito amor para que este curso se torne uma jóia preciosa no colar de sua vida.

Para mais informações. clique Aqui.

Será uma alegria ter você conosco!