Atitudes Geradoras de Raiva e Agressividade - Parte 1


Já notou que algumas atitudes geram raiva imediatamente e nos prendem em jogos psicológicos desgastantes? Aprenda a percebê-las e a evitá-las. 

São 3 tipos: Generalizações, Desvalorização e Transferência de Responsabilidade.

Lembre-se de focar na respiração para ter centramento e perceber as armadilhas.

1 - As Generalizações

Exageros: todos, sempre, nunca, ninguém, em todo lugar... 
São realmente todos? É realmente sempre? Não há nenhum exemplo contrário? 

Saída: usar uma linguagem moderada. "Várias vezes", "muitas pessoas", "raramente", "frequentemente",...Isso vai dar credibilidade à sua fala e reduzirá a agressividade na conversa.

Fusões: misturar problemas diferentes na mesma conversa. 
Exemplo: "Sim, mas outro dia você...."

SaídaEstabeleça um assunto principal e permaneça focada. Se o outro for quem está trazendo questões diferentes, responda: "Cuidaremos desse problema assim que resolvermos este que estamos tratando agora."

Interpretação duvidosa: tomar um caso pelo todo, usar um exemplo como prova.
Exemplo: "Ela não me cumprimentou, isso prova que..."       
     
Saída: Traga a conversa de volta para o foco: "Que soluções você propõe para este problema?"

Focalize a conversa na direção das soluções e do futuro. 

2 - A Desvalorização - A desvalorização é um potente gerador de agressividade porque ela nos priva da individualidade e nos coloca em posição de inferioridade para que o outro controle a conversa.

Comparações críticas: Exemplos: "Ele pelo menos fez...você não fez nada...", ou "Você viu, querida, que a vizinha fez regime?"

Saída: "Ao invés de me comparar com outra pessoa, por que não diz o que espera de mim? "

EtiquetasExemplos: "boneca", "balofo", "você, o imprestável..."; "você, a feminista"; "você, o machão"; e etc...

Saída: "Não sou ..., meu nome é ..., peço que o utilize em nossa conversa."

Cuidado com os apelidos. Eles podem ser afetuosos, mas às vezes  infantilizam e desvalorizam. Evite apelidos em conversas sérias.

O tom acusador e "o porquê": o objetivo é fazer o outro se justificar
     
Quanto mais se justificar, mais afundará nesse jogo. Não se sente no banco dos réus. Atenha-se aos fatos e ao tema da conversa.

Dicas Gerais
No calor das emoções às vezes é difícil perceber estas armadilhas. Se algo te incomodar numa conversa, dê uma pausa, respire. 

Se possível saia do ambiente em que está, vá ao banheiro e lave o rosto e a nuca com água fria. O estímulo frio ajuda a ativar a via restaurativa do sistema nervoso. Isso ajuda a ter clareza. 

Se for uma situação muito estressante, adie a conversa para outro momento, assim poderá refletir sobre  a dinâmica da situação e escolher as melhores saídas. 

No próximo post vamos falar sobre o terceiro gerador de raiva e como nos livramos desses jogos psicológicos.

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