Filme - Estrelas Além do Tempo



Este filme foi uma grata surpresa. Não apenas porque é ótimo, mas também porque eu desconhecia a história destas mulheres incríveis. Adoro filmes baseados em fatos reais.

Em plena guerra fria (1961), Estados Unidos e União Soviética disputam a primazia na corrida espacial ao mesmo tempo em que a sociedade americana lida com uma profunda cisão racial.

Estas três amigas, são matemáticas e engenheiras, foram contratadas pela NASA para trabalhar como calculadoras (antes da era do computador). Enfrentam discriminação por serem mulheres num ambiente masculino e ainda sofrem discriminação racial. 

Decodificam a linguagem para fazer a programação do primeiro computador criado pela IBM, coisa que nenhum especialista da NASA tinha conseguido realizar.

Elas percebem falhas nos cálculos para o lançamento e defeitos estruturais na construção do foguete da primeira missão tripulada para o espaço. Isso poderia resultar em um grande desastre e morte dos astronautas. 

Mas como fazer aquele bando de homens brancos ouvi-las?

Aí entram a garra e a criatividade...superando inúmeros desafios, atentas a todas as oportunidades e acreditando no seu potencial, elas fazem história!

E também foram as protagonistas de várias mudanças dentro da própria NASA para maior eqüidade racial e de gênero.


Acima as atrizes e as personagens reais, as primeiras mulheres engenheiras aero-espaciais, que receberam vários prêmios e honrarias por suas contribuições à ciência ao longo da vida.

Um filme inspirador e muito gostoso de assistir. 

Está em vários sites para alugar on line.

Recomendo a todas!


Pueraria mirifica, Erva Maravilhosa Para a Menopausa


O período de transição para a menopausa é um teste de resistência. De repente chegam os fogachos (ondas de calor), insônia, secura da pele, cabelos e mucosas em geral, falta de libido, ganho de peso, irritação e aquele cansaço...quem é que aguenta? 

Se você utiliza pílulas anti-concepcionais ou faz reposição hormonal vai passar por isso com muito mais facilidade, mas e quem não quer ou não pode utilizar hormônios? 

Tive hepatite causada por pílula anti-concepcional ainda jovem, então, hormônios não poderiam ser uma alternativa para mim. Quando a menopausa chegou....Afe!...tentei todas as alternativas naturais possíveis  sem resultado. 

Estava já me resignando quando descobri a Pueraria mirifica no livro da Dra. Christiane Northrup "The Wisdom of Menopause", onde ela apresenta uma série de artigos e evidências científicas de que esta planta realmente funciona e não apresenta efeitos adversos.

Conversei com minha ginecologista que garantiu que realmente era seguro e eficaz. Uma luz se acendeu e resolvi testar. Nossa! que diferença...

A partir de duas semanas de uso o número de  fogachos começou a reduzir drasticamente, passei a dormir, a pele, os cabelos voltaram a ter viço, a lubrificação vaginal voltou e a libido melhorou muito. 


A Pueraria é uma planta nativa da Tailândia. Existem várias espécies, mas a que tem seus efeitos cientificamente comprovados é a mirifica. Há registros de seu uso desde o ano 1300, como erva que mantém a vitalidade das mulheres. Mais de setecentos anos de uso no oriente é bem respeitável, não é?

Somente nos anos 1930 é que começou a ser estudada no Ocidente, em 1952 obteve sua classificação botânica e foi validada para experimentação. Desde então, não param de surgir trabalhos com evidências de sua eficácia não apenas para a menopausa, mas para vitalidade e saúde em geral e também como protetor das mamas. 

A parte utilizada é a raiz, de onde se obtém o extrato em pó que é colocado em cápsulas.  Os efeitos somente foram comprovados na forma de cápsula por via oral. Não existe qualquer evidência de eficácia para o uso em creme ou gel.

Ela funciona como um adaptógeno, ou seja, equilibra a ação hormonal regulando os receptores e não aumenta a produção dos hormônios por isso não apresenta risco para as mamas e endométrio, como acontece com a soja  ou as folhas de amora.

Já estou usando há um ano e meio e percebi que a qualidade de vida melhora muito. Então resolvi divulgar, porque a maioria das mulheres aqui não conhece esta planta.

Se quiser experimentar, converse com seu/sua médico/a. Quem sabe você pode se beneficiar?

É bem fácil de comprar on-line. Cuidado para ver se no rótulo está escrito Pueraria mirifica e não outro tipo de Pueraria. Eu compro deste fornecedor (aqui), porque a procedência é garantida e segura, mas existem vários.

Apesar dos desconfortos, que agora são totalmente contornáveis, este momento da vida é maravilhoso, pelo ganho de liberdade, visão e sabedoria. 

Valorizando cada vez mais a leveza e a alegria!


Espero que estas dicas sejam úteis para você. Conte aqui, você faz uso de algum recurso para alívio dos desconfortos da menopausa?


P.S.: Este post não tem qualquer pretensão de diagnosticar doenças ou alterar tratamentos médicos que por ventura esteja fazendo.



Plantando as Árvores do Quênia - A História de Wangari Maathai


Plantando as Árvores do Quênia
Claire A. Nivola
Ed. SM

Em um dos encontros deste mês lembramos das ganhadoras do Premio Nobel da Paz ao longo da história. 

Falamos de Wangari Maathai, que foi agraciada em 2004, a primeira mulher da África a receber esse Prêmio.

Foi concedido pela conexão que ela fez entre a saúde do meio ambiente e o bem estar do seu povo. Foi através da mobilização das mulheres  que houve uma transformação social e política de todo um país. 

Devido à política de devastação das florestas promovida pelo governo da época, o país mergulhou numa seca terrível, com a maior parte de suas terras transformando-se em desertos. Com isso, a escassez de água e comida flagelava a população.

Ela então começou a mobilizar as mulheres, mostrando que onde houvesse verde, haveria água. E começou a criar mutirões de plantio e proteção de áreas verdes em todas as vilas e aldeias.  Elas chegavam a cavar poços com as próprias mãos (!) e instrumentos rudimentares para conseguir água para regar as mudas. 

Em 1977 criou o "Movimento Cinturão Verde", com programas educacionais que transformaram os quenianos em cidadãos ativos e bem informados, que começaram a cobrar do governo o cumprimento de suas responsabilidades, principalmente a proteção das áreas verdes.

Isso logicamente gerou uma reação dura do governo (na época, uma ditadura) que os perseguia, mas ela manteve-se firme e com o apoio da população finalmente triunfaram.

Hoje o Quênia está coberto de florestas, muitas são reservas, e a prosperidade voltou. 

Wangari Maathai faleceu em 2011, mas deixou um legado precioso que continua inspirando a todos.

Este belíssimo livro, totalmente ilustrado com aquarelas maravilhosas, conta a sua vida. Embora tenha sido escrito para o público infantil, encanta os adultos.

Não me canso de ler e recomendar!


"Lembrem-se sempre do que milhões de mãos podem fazer."
Wangari Maathai


P.S.: Está disponível nas melhores livrarias.


Se Não Puder Fazer Grandes Coisas...


“Se não puder realizar grandes coisas,
faça pequenas coisas de forma grandiosa.

O que realmente faz diferença é a atenção

que colocamos em tudo o que fazemos,
mesmo nas coisas aparentemente pequenas.

Nada é insignificante, quando a base é o amor.”



Que nossa semana seja iluminada por esta sabedoria!





Idéias Para Adiar o Fim do Mundo



Um livro pequenino, em formato de bolso, com apenas 80 páginas, mas é precioso! 

Quanta inteligência, criatividade e delicadeza nestas três palestras que foram realizadas em Portugal e transcritas para formar o livro...

A primeira é a que dá nome ao livro: Idéias para Adiar o Fim do Mundo, na qual ele faz perguntas muito perspicazes e fundamentais para nossa época. 

"Como é que construímos a nossa idéia de humanidade?

Será que essas idéias não limitam nossa capacidade de invenção, de criação, existência e liberdade? 

Será que não estamos atualizando uma disposição para a servidão voluntária?"

Ele segue trazendo algumas respostas da cosmovisão indígena para elas, que nos fazem refletir e ver as coisas sob outro ponto de vista. 

A segunda palestra é: Do Sonho e da Terra, na qual ele fala  sobre o nome de sua tribo - krenak - que significa "cabeça da terra", e nos conta um pouco sobre como os krenaks se relacionam com o mundo.

"Quando despersonalizamos o rio, a montanha, quando tiramos deles os seus sentidos, considerando que isso é atributo exclusivo dos humanos, nós liberamos esses lugares para que se tornem resíduos da atividade industrial e extrativista. Do divórcio com a nossa mãe Terra, resulta que ela está nos deixando órfãos, não apenas os índios, mas a todos."

A terceira é A humanidade que pensamos ser, onde ele fala de nossa relação com a natureza. 

"Por que tanto medo assim da queda, se a humanidade não fez outra coisa nas outras eras, senão cair?

Então, ao invés de ficar com medo de cair, vamos construir paraquedas. De onde se projetam os paraquedas? Do lugar onde são possíveis a visão e o sonho... no qual o casulo humano se abre para outras visões de vida não limitada."


Airton Krenak é jornalista,  é também um lider indígena respeitado no Brasil e no exterior. Atua como educador e ambientalista.

Como o livro transcreve suas falas, tem um tom bem coloquial, muito agradável de ler. Ele nos passa a impressão de força e suavidade ao mesmo tempo, com trechos muito belos, como os que destaquei aqui no post. 

Muito interessante ver alguém questionar conceitos que temos como certos e imutáveis!... me fez pensar bastante e perceber que existem outras possibilidades e saídas para os impasses atuais. 

A sensação ao final é que nosso horizonte se amplia muito e encontramos novos sentidos para a existência.

Recomendo! Lindo e profundo...