Eu Confesso - Poema


Eu a persegui na mercearia: 
sua coroa de tranças nevadas 
mantidas no lugar por uma grande presilha de prata,
seu porte ereto, irradiando ternura,
o jeito como ela colocou iogurte e abacate na cesta,
irradiando paz como a Estrela do Norte.

Queria perguntar: 
"Em qual corredor você encontrou sua serenidade? 
Você sabe como ficar casada por cinquenta anos,
ou como viver sozinha?

Desculpe-me interromper, 
mas você parece possuir um conhecimento
que faz a terra queimar e girar em seu eixo."

Mas não pedimos essas coisas a estranhos hoje em dia. 
Então eu disse: "Adorei seu cabelo".

Alison Luterman

Há dias estou encantada com este poema.

Fiquei imaginando essa mulher maravilhosa e sonhando um dia poder irradiar toda essa serenidade e paz...

Mas também gostaria que a outra mulher tivesse tido coragem de perguntar, imagino a conversa gostosa...

Que tenhamos coragem e saibamos usar bem nosso tempo!

Ótima semana!



4 comentários:

  1. Encantadora mesmo essa poesia e que bom chegar a esse nível de serenidade e paz!Beleza! beijos, chica

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  2. Oi Cris,
    Que bom que vc postou este poema aqui, além do Instagram, pois este poema é precioso e no Instagram as coisas se evaporam muito facilmente.
    Beijos

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  3. Oi Cristiane!
    Adorei! A gente consegue imaginar a cena perfeitamente!
    Beijo carinhoso! A foto também é linda!

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  4. Puro encantamento, de fato.A gente se transporta para a pele do poeta.
    Lindo demais!
    Bjos,
    Calu

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