A angústia de Psique crescia...até que numa noite, enquanto seu marido dormia, ela tomou coragem e acendeu uma lamparina.
Aproximou-se do leito e eis que Oh!....Quem dormia era Eros o próprio Deus do Amor!
Psique ficou chocada com a descoberta, tremeu. Uma gota de óleo quente caiu no ombro de Eros. Ele acordou com um grito de dor e ao perceber o que acontecera, saiu voando para nunca mais voltar.
Outra uma vez sozinha, à noite, à beira do abismo...
Amanheceu e Psique saiu do castelo, vagando em desespero por ter perdido seu amor. Seu primeiro impulso foi desejar a morte.
Atirou-se no rio.
Mas ele a devolveu gentilmente à margem e lhe disse que se a esposa de Eros morresse ali, ainda mais estando grávida, seria amaldiçoado pelos Deuses.
A aflição da princesa só aumentava, foi se embrenhando na floresta, quem sabe lá encontraria seu fim?
Mas lá encontrou foi o Deus Pã tocando sua flauta...
Ao descobrir a causa do desespero de Psique e seu desejo de morrer, deu uma grande gargalhada e disse: O que é isso menina? Lute pelo seu amor! Vá até o palácio de Hera (a Deusa do casamento) e conte-lhe tudo, ela saberá o que fazer.
Um lampejo de esperança surgiu. Ouvindo a história, Hera compadeceu-se da menina e foi fazer uma visitinha à Afrodite...
Com a insistência da Grande Mãe do Olimpo, Afrodite concordou em receber Psique. Mas não teve a menor compaixão.
E também não revelou que Eros estava lá. Ele havia procurado a mãe para cuidar de sua ferida e ela o encarcerou no castelo, para que não voltasse à sua esposa.
Disse que se a princesa quisesse rever Eros, precisaria cumprir quatro árduas tarefas (que ela sabia serem impossíveis para qualquer mortal...).
Reunindo toda coragem que ainda restava, Psique aceitou.
Afrodite então levou-a a um salão repleto de grãos e sementes variadas. Todas misturadas. A primeira tarefa seria separar as sementes até o amanhecer.
Olhou ao redor e começou a chorar...estou perdida...
Mas as formigas que andavam por lá ouviram seu choro e disseram à princesa que descansasse. Num instante, milhares de formigas se reuniram e trabalharam diligentemente a noite toda.
Psique estava esgotada e adormeceu. Despertou com Afrodite abrindo a porta do salão e dando um grito de espanto.
Pilhas e pilhas de sementes cuidadosamente separadas por tipo e tamanho! Nenhum mortal conseguiria isso!
Passou a segunda tarefa à princesa, pensando: "Desta vez ela não vai conseguir..."
Você deverá trazer para mim a lã de ouro dos Carneiros de Fogo que vivem à beira do rio.
Estes carneiros eram gigantes e ferozes, poderiam facilmente matá-la. Ela os avistou e escondeu-se entre os caniços do rio, tremendo de medo...
Os caniços tiveram pena da jovem e sussurraram ao seu ouvido: "Espere...ao meio dia eles dormem...você poderá pegar os tufos dourados presos nos arbustos..."
Ela ficou quietinha esperando a hora mais quente do dia e quando adormeceram, com todo cuidado pegou alguns tufos de lã e levou para a Deusa.
Ah...mas Afrodite exigiu algo ainda mais difícil. Trazer um jarro das águas da nascente do rio Estige.
As pedras escorregadias na beira de um despenhadeiro e os dragões que vivem ali se encarregariam de matar a princesa.
Psique viu a altura das pedras. Seu ventre redondo com o crescimento do bebê tornava a escalada impossível.
E agora?
Logo, logo, vem o post com o final da história...
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Para ver o final, aqui
Incrivelmente linda e mágica! Beleza de ler e voar na imaginação! bjs, chica
ResponderExcluirEsperando pelo post e gostando muito!
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