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Meias...



"Meia Verdade.
Meia Vontade.
Meia Saudade.

Viver pela metade é ilusão.
Tire suas meias,
ponha os pés no chão."

Augusto Barros

      Adorei esta frase que encontrei no blog da Silvana,  e me fez refletir bastante. 
   Pensei no quanto reprimimos nossos sentimentos e desejos com a ilusão de que assim evitaremos sofrimentos...sem perceber que ao fazê-lo estaremos reprimindo a própria vida. 
     Quero viver por inteiro, nada de meias....




O Jarro das Lágrimas Etruscas



   Conta a história que todos os homens, mulheres e crianças etruscas tinham  um pequeno jarro em terracota. Ainda existem exemplares no Museu Faina, na cidade de Orvieto, na Úmbria e no Museu do  Louvre.
  Quando um deles chorava, segurava este jarro embaixo do olho recolhendo as lágrimas.
 Acreditavam que elas saíam da alma, que eram um derretimento da alma. Assim, perder lágrimas era a mesma coisa que perder a própria alma.
 Então, esmagavam pétalas de violetas ou de rosas e perfumavam as lágrimas, fazendo uma espécie de essência e usavam a poção para ungir as pessoas amadas.
  Dessa forma, transformavam a essência de suas almas em amor. 

Marlena de Blasi
In: A Doce via na Úmbria

Esta é uma pequena amostra das belas passagens que encontramos neste livro. 

Colo dos Pais Evita Ansiedade e Depressão


Ouço várias pessoas aconselhando mães a não ficarem muito com o bebê no colo para eles não ficarem "manhosos".

Isso me incomoda muuuiiito! Porque não é verdade. As tais "mãnhas"  tem muito mais a ver com o estado emocional das pessoas que cuidam deles.

Bebês e crianças que recebem o carinho do colo da mãe e do pai levam a sensação de aconchego na memória do corpo e esta funciona como um poderoso remédio para os momentos difíceis ao longo da vida. 

A descoberta foi feita pelos pesquisadores do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos.

Segundo essa pesquisa, os bebês e as crianças que tiveram mais contato físico com os pais são adultos mais protegidos contra a ansiedade e a depressão.

Portanto, nada de deixar os bebês chorando no berço, hein...

Abrace suas crianças! 
Carinho nunca fez mal a ninguém.


P.S.: Diante de algumas dúvidas que surgiram deixo claro que em nenhum momento falamos em usar o colo como solução para tudo. Mas oferecer o contato físico sempre que possível, pois essa memória ajudará seus filhos quando forem adultos.

Corações Descontrolados


Corações Descontrolados
Ciúmes, raiva, impulsividade,
o jeito borderline de ser
Ana Beatriz Barbosa Silva
Ed. Fontanar

      Todas nós conhecemos pessoas com personalidades "intensas", aquelas que sofrem demais, são muito ciumentas, têm explosões de raiva, de desespero, descontrole emocional e instabilidade de humor. 
     Não é raro ouvirmos que alguém é "de lua", que "nunca se sabe como vai reagir", ou ainda que "conviver com ele/ela é estar sempre pisando em ovos"...
       Ser um borderline ou conviver com alguém com essas características é exaustivo.
      Este livro da Dra. Ana Beatriz foi escrito para leigos, mas é um dos melhores que já li sobre o tema!
     Ela tem um estilo envolvente, vai contando casos clínicos, explicando o funcionamento dessas pessoas, com orientações de tratamento e dicas muito práticas para aqueles que convivem com pessoas portadoras desta condição. 
     No final há um capítulo inteiro dedicado às celebridades portadoras deste transtorno como Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor, Amy Whinehouse, Janis Joplin, Tony Curtis...
      Um livro interessante e esclarecedor para todos e essencial para terapeutas!
      Recomendo!

Abraçar por Inteiro....



"Como é bom poder descansar depois de um dia como esse. Repousar o corpo em um lugar, quase qualquer lugar, em que alguém está esperando para abraçar  o que é jovem e o que é velho em você. O que acabou de lhe acontecer e o que lhe aconteceu há muito tempo. Você por inteiro."
Marlena de Blasi
In: Mil Dias  na Toscana
Uma pequena amostra das belas passagens que encontramos neste livro.

Quem Disse Que os Bebês Não Falam?


Esta história incrível mostra a sabedoria da grande mulher que foi Françoise Dolto, por quem tenho uma profunda admiração.


     O que vou lhes contar ocorreu na Maison Verte, instituição parisiense de acolhimento de crianças de zero a três anos, criada pela psicanalista Françoise Dolto.
    Quando na juventude de minha formação psicanalítica, tive a oportunidade de passar algumas tardes naquele local, acompanhando o trabalho de Dolto, já então, ícone da psicanálise dita infantil.
   Em uma tarde, um casal relativamente jovem chegou para a consulta com cara de desespero. Traziam um bebê nos braços, o qual aparentava uma fraqueza importante. Deveria ter uns três ou quatro meses de vida.
     Dolto, cheia de atenção vigilante e afetuosa, ficou sabendo dos pais que ao desespero da criança que não comia, razão por estar esquálida, somava-se a preocupação com o desemprego do pai, a sobrecarga da mãe, e as contas que não fechavam no mês.
    Assisti, em seguida, Françoise Dolto se dirigir diretamente ao bebê, sem qualquer atenção ao fator compreensão, e lhe explicar, olhos nos olhos, que ela, Dolto, entendia muito bem que ele não quisesse comer, uma vez que sua chegada poderia ser pensada como em má hora, e que o melhor talvez fosse desaparecer. Contestou, no entanto, afirmando que ele estava enganado, pois sendo tão querido e esperado, sua morte precoce retiraria dos seus pais o único efetivo alento naquele momento difícil de vida. E assim se despediu dos três – filho, mãe e pai –dando-lhes um retorno para a semana seguinte.
    Quando saíram, Dolto me disse: -“Você vai ver só o que vai acontecer”.
    No segundo encontro, confirmando a previsão da analista, eram outras pessoas que estavam ali. O bebê estava comendo, e bem.
    Ao final do atendimento, a doutora me falou: -“Você viu como os bebês falam? Você viu a prova?”. Aí, para mim, foi demais. Com a delicadeza devida, contestei que não era que bebês falassem, mas que – como Lacan havia demonstrado no estádio do espelho... – ao ela falar com o bebê, estava realmente falando a seus pais que, por conseguinte, tinham mudado sua posição e possibilitado a alteração sintomática.
    Dolto não me deixou avançar muito em minha peroração. –“Sim, sim – me retorquiu – eu também conheço o ‘seu Lacan’ e bastante bem. Além de companheiros de toda uma vida, somos mesmo muito amigos. Agora, que ele o diga com o espelho, é interessante, quanto a mim, digo e mostro – como você viu –que os bebês compreendem e sabem falar”.

Jorge Forbes
Psicanalista

Este artigo foi enviado pelo amigo Marcus Quintaes, psicanalista junguiano e coordenador do Grupo Himma - o qual frequentei por muitos anos. 
Obrigada Marcus!

O Perfume do Coração



"Ouço um passarinho cantar perto da cozinha. 
Não posso vê-lo, mas porque canta, 
ele me alcança e perfuma a textura do meu instante.
Assim como o pássaro é o coração que ama:
canta o seu perfume sem imaginar onde ele chega.
E ao amar, imperceptivelmente,
ajuda a amaciar a textura do mundo."

Ana Jácomo
jornalista, escritora e compositora


Para Poder Viver a Dois


"Enquanto não atravessarmos 
a nossa própria solidão,
continuaremos a nos buscar 
em outras metades...
Para poder viver a Dois, antes,
é necessário ser Um.

Fernando Pessoa



Autenticidade




"Autenticidade é a prática diária 
de abandonar quem nós pensamos que devemos ser 
e assumir quem somos."
Dra. Brené Brown

veja o vídeo com uma de suas maravilhosas palestras 
clique em  O Poder da Vulnerabilidade na lista de posts antigos ao lado.

 Sandra, muito obrigada por ter enviado esta frase tão inspiradora.


Vamos Falar de Sexo?

"Palavras de virar cabeça meu amado vai usar, 
palavras como se elas fossem mãos."
Chico Buarque

     Falar ou não falar, eis a questão.
    Se na vida em geral já é preciso refletir sobre o que dizer, quando o papo é de cama a coisa ganha nuances delicadas: quando, como e quanto falar.
   Tem o papo pré-cama: a sedução verbal, aquele cineminha cheio de imagens quentes que preparam para o sexo que vai rolar.  Palavras que amolecem as pernas e derretem o corpo todo...
   Tem o papo de depois, em que se elogia aquele jeito, se celebram as delícias que se acabou de viver, gravando aquelas marcas de prazer no corpo e na memória.
  Mas o mais delicado mesmo é o que dizer no durante. Corpos grudados e de repente o ritmo não está bom. O parceiro ali dedicado, mas não acertando. E aí? o que dizer? E se ele não gostar? E se o clima mudar? E se...
  Se você levou anos de exploração dedicada ao próprio corpo até saber do que gosta mais, onde e como;  chega a ser injusto esperar que um homem apareça com as chaves de todas as portas das delícias. Por isso é preciso liberdade para falar, pedir, dar dicas. Porque sexo é parceria, e sem cumplicidade ninguém chega ao ápice.
  Mas isso com um jeitinho especial, sem fazer uma lista de preferências mais parecendo um GPS guiando o parceiro para levá-la ao prazer.  
  E tem o lado de lá: saber ouvir. Porque assim como a gente, eles também tem preferências, gostos, jeitos...e vão falar sobre eles e pedir o que querem.
  Sexo é entrega. Mais corpo que cabeça, mais sensação e menos pensamento, menos razão e mais desvario. É preciso se perder no outro,  deixar as línguas conversarem, as peles se tocarem...
  Sexo é sonho acordado impresso na carne.
 Esqueça a bússola e vá viver o novo, mesmo que com aquele parceiro antigo. Caminhos cheios de setas não dão em praias desertas...
  Se você for sempre o guia só vai chegar onde já conhece e o paraíso pode ser logo alí, depois daquela curva, uma ilha desconhecida que vai nascer daquele encontro, naquela hora, só prá vocês dois.

Adaptado do artigo de  Maria Rezende
Para ler na íntegra: Revista Lola - Julho de 2012.

Sobre o Humor...


                
"Não é polido dar-se ares de importância.
É ridículo levar-se a sério.
Não ter humor é não ter humildade, é não ter lucidez, 
é não ter leveza, é ser demasiado cheio de si,
é estar demasiado enganado de si."
André Comte-Sponvile
filósofo

O que é que damos aos outros?

 


"Costuma-se dizer que quem tem muito é rico, mas na verdade, rico é quem muito. Mas o que é que uma pessoa dá à outra?   

  Ela dá de si mesma, o bem mais precioso que tem, dá aquilo que está vivo nela; dá sua alegria, seu interesse, sua compreensão, seu humor, sua tristeza - todas as manifestações do que é vivo nela.

  Isto enriquece o outro e eleva seu sentimento de vitalidade, ao mesmo tempo que eleva nosso próprio sentimento de vitalidade.

  Ao dar, necessariamente trazemos à vida algo no outro, e o que trazemos à vida se reflete em nós. Ao dar de verdade, recebemos necessariamente de volta o que demos. Dar implica fazer do outro um doador também.

  No ato de dar, algo nasce, e as pessoas envolvidas ficam gratas pela vida que nasceu para elas.

     Dar é Receber."
Eric Fromm in: A Arte de Amar



O Poder da Vulnerabilidade

     Esta fantástica palestra do TED  (Tecnologia, Entretenimento e Desenvolvimento) fala sobre a pesquisa da Dra. Brené Brown como assistente social , mas também fala de si mesma, e de suas incríveis descobertas sobre  a  vulnerabilidade.    Uma das melhores que assisti nesta série.  
        Ela  é divertida e  uma ótima contadora de histórias! Clique  e Assista!

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