Sustentar Espaço - Parte 2


Como abrir espaço interno e sustentá-lo? 
 
Isso podemos aprender. É um exercício de amor.

Lembre-se de ancorar na respiração e relaxar a língua sempre que precisar de centramento (como ensinei no post anterior) 😉

Dicas para este aprendizado:
  
1 - Ofereça-se somente a quantidade de informação e estímulos com a qual é capaz de lidar em cada momento. 

2 - Afaste-se do que te sobrecarrega emocionalmente ou drena sua energia.

3 - Se houver sobrecarga emocional, procure um lugar seguro e deixe as lágrimas fluirem; se estiver com raiva, soque uma almofada. 

4 - Com os passos 1, 2 e 3 a tensão interna se reduz bastante, assim é possível se conectar com a intuição. 

5 -  Deixe o Ego fora disso. Permita-se errar. Onde não há espaço para errar, não há espaço para criar.

6 - Permita que cada pessoa viva sua história, isto tira um peso enorme dos nossos ombros.

7 - Quando estiver atravessando momentos difíceis busque inspiração na natureza, artes, música, boas leituras. 

8 - Encontre formas criativas de expressar suas emoções: faça uma colagem, pinte, escreva num diário, dance, cante...

9 - Aceite que outras pessoas sustentem espaço para você quando necessário. Aceite ser cuidada. 

Vá treinando cada passo com paciência e amor até que se torne um hábito. Então será uma boa anfitriã para si mesma e poderá sustentar espaço para sua alegria de viver e para ajudar outras pessoas.

"Se a sua compaixão não te inclui , ela é incompleta"
Buda Sakyamuni


Para ver a primeira parte deste post, clique Aqui







O Que é Sustentar Espaço? Porque é Tão Importante?



Você é uma boa anfitriã para si mesma? 

Esta pergunta costuma causar espanto, pois a maioria das pessoas pensa em ser boa anfitriã para os outros, mas esquece de si.

Mas para transformar algo, desde uma mudança de hábitos no cotidiano, elaborar uma perda, acompanhar a jornada de outra pessoa, ou realizar algo que tenha impacto positivo, é necessário primeiro sustentar espaço para si mesma. 

Sustentar espaço é estar presente, sem julgamento, e sem necessidade de uma resposta imediata.

Assim é possível acolher emoções, dúvidas e conflitos internos, e aguardar para que cada coisa encontre seu lugar dentro de nós. É algo que podemos aprender e cultivar.

Para começar, conecte-se com a respiração sempre que precisar de centramento. Relaxe a língua dentro da boca e perceba como isso muda o padrão respiratório. Ao soltar a língua, naturalmente a garganta, o diafragma e o assoalho pélvico relaxam permitindo uma respiração suave e profunda. 

Faça pequenas pausas ao longo do dia para simplesmente existir.  Olhe pela janela,  veja o céu ou algum detalhe da paisagem, respire. Apenas alguns minutos já ajudam a desacelerar.

É algo tão simples, mas reduz a ansiedade e traz clareza mental. Permite a auto-regulação emocional. O primeiro passo para aprender a sustentar espaço.

Inclua este pequeno cuidado no seu dia a dia e perceba a diferença.

A partir daí é possível aprender a sustentar espaço para lidar com as emoções, sintonizar com a intuição, a criatividade e principalmente para a alegria de viver, como vou explicar no próximo post.

Para ver a continuação, clique Aqui





O Poder Terapêutico do Círculo de Mulheres



"Um Círculo é um lugar igualitário de aprendizado, que lhe dará apoio se você suprime ou sufoca seus sentimentos, minimiza ou nega o que vê, ou não diz o que quer e ninguém ao seu redor parece notar. 

Apenas estar lá.

Um Círculo confiável tem um centro espiritual e respeito pelos seus limites. É um agente poderosamente transformador. 

Círculos também funcionam como grupos de apoio: se você quer transformar algo em sua vida ou em você mesma, o Círculo é uma base segura para suas tentativas. 

... Ele pode ser como uma ilha onde se pode falar livremente e rir. 

Também nos faz conscientes sobre o que fazemos para perpetuar o status quo e como podemos alterá-lo.

Cada mulher, em cada Círculo, que se transforma através de sua experiência nele, leva estas mudanças para outras relações. Até que em um determinado dia, um novo Círculo se formará e ele será o Milionésimo Círculo - aquele que faz a diferença e nos levará a uma era pós patriarcal. "

Jean Shinoda Bolen 
O Milionésimo Círculo

Trecho da Aula 3 do Curso de Formação de Facilitadoras de Círculos de Mulheres e Grupos Terapêuticos Femininos, onde trabalhamos Centramento de Grupos e como sustentar espaço para que a transformação aconteça.


Abandonar o Papel de Vítima - Cap. 1 - O Barba Azul


Já se perguntou por que nos sabotamos, adiamos coisas que são importantes para nossa alma ou repetimos situações que nos prejudicam? 

Porque todos temos também aquilo que não é belo e elevado; a destrutividade. Para vivermos de forma íntegra e buscarmos a completude precisamos cuidar disso também.

Quando não é identificado e devidamente cuidado,  esse aspecto destrutivo permanece inconsciente. 

Desta forma podemos encontrar pessoas e situações em nossas vidas que têm as características ideais para receber a projeção do nosso próprio predador interno e nos vemos dentro de uma situação abusiva ou destrutiva.

Conforme disse Jung: 
"Aquilo que negamos em nós mesmos, enfrentamos como destino."

Somos ensinadas desde muito cedo a sermos boazinhas, a ingenuidade é valorizada como qualidade, o que nos torna presas fáceis para esse aspecto negativo.  

Ao invés de brigar com ele, ou de reprimi-lo, nós o desarmamos.

Preste atenção à sua intuição, faça perguntas, seja curiosa, veja o que estiver vendo, ouça o que estiver ouvindo e depois aja com base no que seu coração sabe ser a sua verdade.

Assim é possível direcionar a força desse aspecto negativo a favor da vida. 

O veneno transforma-se em remédio. 

Entendeu? 😉

Um resuminho do nosso encontro do Grupo de Estudos e Vivências do Livro "Abandonar o Papel de Vítima", de Verena Kast. Mês que vem tem mais...


Abandonar o Papel de Vítima

Abandonar o Papel de Vítima
Verena Kast

Todos os elogios que eu fizer serão poucos para este livro que tanto contribuiu para o meu próprio processo de cura.

Finalmente consegui resolver questões com as quais lidava há anos em terapia e outras abordagens, mas me sentia empacada. A sensação é de renascimento.

Escrito recentemente, durante a Pandemia, lançado em português em 2022. Passei o ano todo trabalhando com ele: refletindo, fazendo as práticas, anotando percepções, sonhos, imagens e etc... foi maravilhoso.

A autora tem 50 anos de prática clínica. Atualmente com 81 anos, continua atendendo pacientes e dando aulas. Já escreveu mais de 30 livros, dos quais 15 foram traduzidos para o português.

Neste livro ela aborda os vários aspectos da dinâmica: Vítima - Vilã - Salvadora, com suas armadilhas sutis que impactam em nossa saúde, relacionamentos, realização pessoal e prosperidade.

Usa contos de fadas, casos clínicos, filmes, exemplos do cotidiano e de sua própria vida para explicar tudo de forma acessível. É uma leitura que exige tempo para reflexão.

Ela é bem focada na solução destas questões e isso me agrada muito. Quem não quer se mover para além da dor?

Ao final de cada tema abordado ela propõe uma vivência ou prática para nos ajudar a lidar com aquele aspecto. E também o trabalho com sonhos, imaginação ativa, comunicação não violenta, focalização e arte-terapia.

Um dos contos do livro é o do Barba Azul, com uma abordagem bem diferente daquela da Clarissa Pinkola Estés. Uma perspectiva ampliada que trouxe muitos insights!

Depois de tudo isso, aflorou a vontade de oferecer a outras mulheres a possibilidade de usar estes recursos em seu processo de cura e na prática clínica.

A partir de maio iniciaremos um Grupo de Estudos deste livro. Leremos juntas, discutiremos o texto, faremos as práticas que ela propõe e teremos um espaço para o trabalho com sonhos.

Preparei tudo com muito amor para que este curso se torne uma jóia preciosa no colar de sua vida.

Para mais informações. clique Aqui.

Será uma alegria ter você conosco!