Este foi um encontro para o qual tivemos que nos preparar com bastante antecedência, lendo todo o capítulo e trabalhando os pés com bolinhas e escalda-pés. Pois é um dos contos mais dramáticos do livro, e o grupo precisava estar bem enraizado e preparado para os desafios da jornada.
Um resuminho para quem não conhece a história: uma menina fica obcecada por uns sapatinhos vermelhos que são enfeitiçados, mesmo sabendo disso, a atração é irresistível. Ela tenta usá-los, mas eles grudam em seus pés e a fazem dançar sem parar até que para não morrer de exaustão ela é obrigada a perder os pés.
Cena do balé Os Sapatinhos Vermelhos
O conto fala das armadilhas que levam à perda da alma.
A principal causa de adoecimento psíquico em nossa época é o esquecimento de si, que é decorrente de duas armadilhas principais: a velocidade e o vício da perfeição.
Estes modos de funcionamento nos afastam da vida instintiva, que é o alimento da vida criativa.
Isso gera uma fome de alma que faz com que a mulher se agarre obsessivamente à primeira coisa que encontra e que lhe dê a ilusão de que a alimenta. Caindo nos extremos com alimentação , vícios, excesso de cuidados com a forma física, excesso de organização e controle, fanatismo religioso, consumo compulsivo, promiscuidade sexual e etc...
Uma situação da qual não consegue sair, afinal, os sapatinhos vermelhos são lindos....
Cena do balé Os Sapatinhos Vermelhos
A única saída para a dança frenética dos sapatinhos enfeitiçados é o Estado de Presença, que nos ancora no amor e permite "sair da Matrix" dos condicionamentos, obsessões e repetições neuróticas.
Existem várias técnicas que possibilitam esse estado como silenciar, respirar, meditar, trabalhos de consciência corporal ou trabalhos manuais, ou contemplar a natureza (desde que feitos regularmente...)
Para nosso trabalho de integração psicofísica trabalhamos a consciência da respiração em todas as áreas do tronco, para ampliar a consciência do espaço interno e buscar o estado de presença.
A partir do compartilhamento das experiências vividas no trabalho corporal realizamos nossa Vivência com Arte através da experiência com o fogo criativo, que resultou nas pinturas lindas que você pode conferir aqui.
A frase da nossa loba querida Daniela (do grupo anterior) expressa bem o sentimento ao final:
"Quem precisa de sapatinhos vermelhos quando se descobre as próprias asas?"
Um grande abraço para todas e no mês que vem tem mais...
Oi Cris,
ResponderExcluirO conto é impressionante. Me lembro de ter lido algo parecido nos livros dos Irmãos Grimm, quando eu era criança. A interpretação é fantástica!
amei as pinturas.
Bjs
Que preciosidades trafegam nas linhas deste artigo-reflexivo, Cris.
ResponderExcluirRevelações surpreendentes nos sacodem ao decorrer da leitura; imagino durante a roda de compartilhamentos o quão grandes são as descobertas e os benefícios delas decorrentes.
Estupendo post. Grata!
Bjo,
Calu
Muy buena entrada. Me ha parecido interesante y también impactante.
ResponderExcluirGRACIAS por compartir.
Siempre es un placer visitarte. FELIZ DÍA
Un abrazo.
Olá Cristiane,
ResponderExcluirSempre uma delícia passar por aqui e encontrar algo bom para refletir.
Beijinhos e boa semana.
Olá Cristine, boa tarde!
ResponderExcluirE como é importante o tema desta postagem. Um carinho para alma.
Agradeço pela leitura, com uma descrição e interpretação maravilhosas.
Cris, uhuuu!
ResponderExcluirMatilha parabéns pelas belíssimas obras de arte!
Lembro como fosse hj a frase da Dani. bjs p todas, Ro