Ao contar ou ler uma história que não aconteceu, mas que poderia ter acontecido ou ainda acontecer a alguém que não é uma pessoa real mas poderia ser, abrimos a porta da imaginação.
E a imaginação é a melhor, talvez a única maneira de saber algo sobre a mente e o coração uns dos outros.
E podemos re-imaginar e re-encantar o mundo; à partir do lugar profundo e escuro, de onde nasce a intuição; o porão das histórias, o saco das estrelas. O feitiço, o sonho, a encruzilhada do nosso despertar.
Continuar a inventar, relembrar e contar as histórias e a criar estratégias para prestar atenção e aprender a ler os sinais que nos permitem imaginar a partir de uma perspectiva decolonial e multiespécies.
Este é o caminho para elaborar novas narrativas para nossas próprias vidas, onde cabem a cura, a paz e o encantamento do mundo.
Úrsula K. Le Guin
A Bolsa de Ficção
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