Eros e Psique - A Mais Bela História de Amor da Mitologia Grega - Primeira Parte



Esta é uma história de encantamento. Traz vida longa e boa sorte a todos que a escutam ou leem.

Há muitos e muitos séculos, havia um Rei que tinha 3 lindas filhas. Mas a caçula, chamada Psique (Alma, em grego), era de longe a mais bela. Tão bela, que as pessoas vinham de longe apenas para admira-la. Diziam que era a própria encarnação de Afrodite, a Deusa da Beleza.

Os anos passaram, as meninas cresceram, as duas irmãs mais velhas encontraram ótimos pretendentes e se casaram. E Psique, que era deslumbrante, continuava solteira. Porque os príncipes ao vê-la, ficavam em um estado de deslumbramento tal, que queriam apenas adorá-la como se fosse uma Deusa.

Essa intensa peregrinação ao palácio onde Psique morava, chegou aos ouvidos dos Deuses, ou mais precisamente, da Deusa Afrodite, que se sentiu ultrajada: "Como assim? Ousam adorar uma mortal como se fosse eu?"

Afrodite então chamou seu filho Eros (o Deus do Amor) e pediu que alvejasse Psique com uma de suas flechas, para que ela se apaixonasse por um monstro. Assim estaria vingada.

Eros foi até o palácio, preparou seu arco, mas quando avistou Psique ficou pasmo por tanta beleza e acidentalmente furou seu dedo com uma das flechas. O resultado....perdidamente apaixonado por ela!

Voltou para casa e relatou o acontecido para sua mãe, que nem preciso dizer, ficou mais possessa ainda! Ela enviou uma terrível praga ao reino de Psique como vingança.

O Rei, pai da princesa, vendo a calamidade em seu reino foi ao templo consultar o Oráculo, para saber a causa desse sofrimento. O Oráculo relatou que o motivo era a ira de Afrodite que se sentia ultrajada pela beleza de Psique. A única saída seria sacrificá-la ao monstro que vivia no abismo nos limites do reino.

O Rei entrou em desespero, chorou, clamou, mas o Oráculo foi implacável: Sacrificar a princesa ou todos morrerão.

Depois de muitas lágrimas, formou-se um cortejo para acompanhar a princesa até o abismo, onde realizaria sua núpcias de morte. Ela foi deixada sozinha, à noite, à beira do abismo. 

Quando esperava pelo pior, um vento suave a ergueu e a carregou até um lindo castelo. Seres invisíveis serviram boa comida, bebida e tocaram música. Em seu quarto havia um banho quente e lençóis macios, ela adormeceu.

De madrugada, o noivo chegou. Ela ficou com medo, mas uma voz suave a tranquilizou e as carícias despertaram seu desejo. Uma noite de deleite se seguiu, mas antes do amanhecer o noivo foi embora.

Passava os dias acompanhada por seres invisíveis que a atendiam, mas ansiava pela noite...pelos prazeres que a visita de seu marido proporcionava. No entanto, ele sempre ia embora antes do amanhecer e ela nunca vira seu rosto.

Apesar disso, estava apaixonada e feliz. 

Com o tempo, a saudade da família apertou, queria dizer a eles que estava viva e bem. Tomou coragem e falou desse desejo ao marido. Ele acolheu sua vontade, com a condição de que ela, em hipótese alguma poderia ver seu rosto.

No dia seguinte, Zéfiro (o Deus dos Ventos) trouxe suas irmãs para visitá-la em seu maravilhoso castelo. Elas se abraçaram e se emocionaram...Psique lhes contou sobre sua vida ali, sobre como estava apaixonada por seu marido e era feliz. 

As irmãs ficaram intrigadas com o fato dela não poder ver o rosto do marido: E se você estiver dormindo com um ser monstruoso? Você precisa saber com quem está vivendo! 

Psique dizia às irmãs que ele era muito gentil, realizava todas as suas vontades, mas elas insistiam que deveria encontrar uma maneira de vê-lo. Logo elas foram embora, mas a semente da dúvida já estava brotando em Psique. 

Nesse ínterim, começou a desconfiar que talvez estivesse grávida. E se ele for realmente um monstro? E se eu der à luz um ser horrível? 

O que fazer?

Se você fosse a princesa, o que faria?

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Bênção Nahuatl - Harmonia e Paz nos Relacionamentos

Cena do Mito do Deus Quetzalcoatl, no México

Esta é uma linda oração dos povos nativos do México que falavam a língua Nahuatl, entre eles os Aztecas. 

Traz grande libertação e paz interior, nossos relacionamentos se tornam mais harmoniosos e felizes. Experimente: 

Eu liberto meus pais do sentimento de que já falharam comigo.
Liberto meus filhos da necessidade de trazerem orgulho para mim; que possam escrever seus próprios caminhos de acordo com seus corações, que sussurram o tempo todo em seus ouvidos.
Liberto meu parceiro da obrigação de me completar. Não me falta nada, tudo está em mim, aprendo com todos os seres o tempo todo.
Agradeço aos meus avós e antepassados que se reuniram para que hoje eu respire a vida. 

Liberto-os das falhas do passado e dos desejos que não cumpriram, conscientes de que fizeram o melhor que puderam para resolver suas situações dentro da consciência que tinham naquele momento. Eu os honro, os amo e reconheço inocentes.

Eu me desnudo diante de seus olhos, por isso eles sabem que nada escondo e nem devo nada além de ser fiel a mim mesma e à minha própria existência.

Caminhando com a sabedoria do coração, estou ciente de que cumpro o meu projeto de vida, livre de lealdades familiares invisíveis e visíveis que possam perturbar a Paz e a Felicidade, que são minhas únicas responsabilidades.
Renuncio ao papel de salvadora, de ser aquela que une ou cumpre as expectativas dos outros.
Aprendendo somente através do AMOR, abençôo minha essência, minha maneira de expressá-la, mesmo que alguém possa não entender. 

Acolho a mim mesma porque vivi e experimentei minha história; porque sei quem sou e o que sinto.

Eu me respeito e me aprovo.

Honro a Divindade em mim e em você. 

Somos livres.


Esta é uma das práticas indicadas para o grupo Correndo com Lobos, especialmente para os Capítulos 12, 13 e 14. E também para a iniciação do Clã das Cicatrizes.



Filme - Com Amor, Van Gogh

Com Amor, Van Gogh
Reino Unido, Polônia
2017

Começando as novas postagens com um tributo à beleza, para louvar as Musas e receber inspiração.

Imagine uma experiência poética tão bela que faz você sair do cinema em estado de graça....

Totalmente artesanal, sem computação gráfica, o filme feito com atores incríveis e nas locações históricas, foi inteiro pintado à mão no estilo de Van Gogh.

Você se sente imersa na tela, como se estivesse dentro das obras dele. Deslumbrante!

Um ano após o suicídio de Vincent Van Gogh, Armand Roulin encontra uma carta por ele enviada ao irmão Theo, que jamais chegou ao seu destino. 

Após conversar com o pai, um carteiro que era amigo pessoal de Van Gogh, Armand é incentivado a entregar ele mesmo a correspondência. 

Desta forma, ele parte para a cidade francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato com a família do pintor falecido. Lá, inicia uma investigação junto às pessoas que conheceram Van Gogh, no intuito de decifrar se ele realmente se matou.

Armand também está num momento difícil, meio perdido, sem saber que direção dar à sua vida. Através dessa jornada vai descobrindo a profundidade da alma do pintor  e encontra a si mesmo.

Uma obra de arte digna do Grande Mestre, uma verdadeira declaração de amor. 

Veja o trailer (em tela cheia!) e se encante:



Nunca vi nada igual...
Assista!


Voltando!


"Todas as vezes em que você ouve ou lê algo que toca sua alma, 
você não está aprendendo uma coisa nova, 
mas relembrando algo que sempre soube. 
É um gentil despertar."


Olá amigas,

Como as pausas são importantes! Precisamos parar e refletir sobre a vida, repensar as escolhas, as prioridades… assim estaremos receptivas para a inspiração, o gentil despertar, e poderemos encontrar um bom caminho para todas as coisas.

Estas férias foram turbulentas, mas de grande aprendizado. É a vida com seus movimentos imprevistos; temos que aprender a aceitar e fluir com ela. Não adianta brigar, ela sempre vence.

Voltando às atividades do blog e neste ano teremos quatro grupos ativos: O Correndo com Lobos, o Eros e Psique, o Grupo de estudos de Mitologia e o de Alquimia.

Agradeço os comentários carinhosos, em breve colocarei as visitas em dia.

Até mais!



Sobre Lobas, Matilhas e a Grande Jornada

Pintura de Dimitra Milan

Nada sei sobre o exigente dia a dia das formigas e das abelhas. Mas, se me procura para ouvir o que aprendi sobre lobas e matilhas, ah, nesse caso, devo convidá-lo para um chá. Você tem tempo? Que bom! Pois a primeira coisa que precisa saber diz respeito a ele, o tempo. 

Lobas não se deixam oprimir pelo relógio do mundo. Como? Ora, porque aprenderam com as que vieram muito antes delas a auscultar o compasso íntimo e secreto do seu interior. Quando se rendem a ele, você não imagina quanta beleza. Elas bailam e rodopiam nos campos selvagens da liberdade. São livres porque confiam em suas intuições, em sua força vital, nos ciclos de vida-morte-vida impressos em cada Ser sob o Sol. São mulheres que sabem. 

Sabem esperar a hora certa das coisas brotarem. Não precisam de respostas instantâneas. Mais importante é decifrar os movimentos que a vida anseia realizar em seus corações. Por isso, atravessam suas esperas uivando, cantando, pintando, bordando, rezando. Sabem que a abundância se oculta no deserto. E que o crucial é não secar. 

Não confundem bondade com ingenuidade nem firmeza com rigidez. Seus valores mais caros são seus guias. Seguem o faro do discernimento talhado à mão e jamais negociam com o mal. Respeitam seus limites acima de tudo. Mas, fique tranquilo, não há por que temê-las. Isso não. Lobas são calorosas. Sabem acolher o outro com sua presença pura que observa sem julgar. E se abraçam o outro com verdade é porque antes, muito antes, foram capazes de abraçar si mesmas como a mãe que aconchega o filho amado. 

Aprenderam que habitar esse templo chamado corpo é um ato sagrado. Por isso, o amam como ele é. Imperfeito e deslumbrante. Cheio de viço e vigor. Um corpo vivo, que aceita o fluxo da existência e se permite fluir com ele. Ah, isso é muito importante. Lobas agradecem sempre. Sabem que cada respiro é um milagre. 

A certa altura da jornada, elas também descobriram que não há nada, absolutamente nada, que não possa ser perdoado. E que, ao contrário de apequenar, o perdão liberta. Purifica. Amplifica a visão. Sem ele, não há alegria - o néctar que fertiliza a vida. Apesar de tudo? Sim, garanto, apesar de tudo. 

Um dia elas compreendem que sua luz é muito mais forte do que aquilo que as feriu e que certas descidas, frias e escuras, são absolutamente necessárias. Das profundezas sombrias retornam mais completas. Donzela, mulher, velha. Ciclo após ciclo vão embalando em seus corações o mais profundo amor. Amor por si mesmas e por todas as criaturas. A fonte primordial da cura. 

Por tudo isso e muito mais, dou-lhe um conselho: Se encontrar uma loba pelo caminho, dobre o pescoço em reverência. Elas são raras. E incríveis!

Raphaela de Campos Mello
jornalista e escritora

Confira seus talentos
as lindas crônicas: Farelos São Chão
o belíssimo trabalho para noivos:  Nosso Amor, Nossa História

Recebemos este texto maravilhoso da nossa querida Rapha ao final da jornada 2017. 

Que possa inspirar a todas no Ano Novo!


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