Correndo com Lobos - Capítulo 13 - Marcas de Combate: O Clã das Cicatrizes


Este capítulo pede um mergulho individual. Ele trata dos segredos que as mulheres guardam por medo, culpa ou vergonha.

Se a mulher não consegue olhar seu segredo, nem sequer chegar perto dele, cria defesas e evita entrar em contato com qualquer coisa que a lembre desse segredo. Mas isso tem um preço: a isola de sua natureza instintiva que  é livre e alegre e cria-se uma zona morta na psique.

Porém nem tudo é tão sombrio quanto parece. Mas para reverter isso é importante seguir estes passos: 

Primeiro: falar do segredo com alguém (seja num diário, com uma pessoa de extrema confiança ou um terapeuta). 

Segundo: Aqui entra a importância do lamento. É fundamental fazer os lutos necessários.

Terceiro: Usar o conhecimento que recebemos no capítulo 12, praticando Os Estágios do Perdão (aqui).

Porque não há nada, absolutamente nada, que esteja fora dos limites do perdão.

Se for bem sucedida nessa tarefa, encontrará luz na escuridão. A ferida se fechará e dará lugar a uma cicatriz, sua marca de combate. Permita que o tempo faça seu trabalho.

Este capítulo traz ainda a história da Mulher dos Cabelos de Ouro, se você não tem o livro, pode ler o conto aqui.

Ele mostra o milagre da psique selvagem, que é capaz de se recuperar não importa a profundidade da “morte” da mulher. E o caminho para essa extraordinária recuperação é o pneumao ar que passa pelos juncos soprados pelos pastores que denuncia o verdadeiro estado da psique e o que precisa ser feito em seguida.

Para essa recuperação é importante trabalhar a respiração, que nos ancora no estado de presença. O exercício recomendado é a Respiração da Árvore. Em seguida faça a Bênção dos Chakras (os posts sairão na próxima semana). Repita diariamente, até que a ferida esteja cicatrizada.

Do ponto de vista expressivo, você pode fazer uma mandala (desenho ou colagem) que represente suas marcas de combate. Essa mandala se tornará uma lembrança da sua força, um motivo de orgulho.

Veja este lindo trecho do capítulo:

Seria uma boa idéia se as mulheres contassem a sua idade não pelos anos, mas pelas marcas de combate. 
“Qual é a sua idade?” perguntam-me às vezes. 
“Tenho dezessete marcas de combate” respondo.

Lembre-se: nossas cicatrizes, sejam no corpo ou na alma, significam que somos mais fortes do que o que nos feriu. Sobrevivemos e seguimos em frente.

Você poderá ver as lindas mandalas feitas especialmente para este trabalho de transmutação das cicatrizes em condecorações (aqui). 

"A jóia está na ferida."
C.G.Jung

Bem Vinda ao Clã das Cicatrizes!


6 comentários:

  1. Perdi meu comentário, que merda! Só pra reafirmar a reverberação desse tema no coração do círculo! Vamos fazer também aqui na matilha! Obrigada pelo insight precioso!!!! Beijo

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  2. OI Cris,
    Fiquei pensando em quantas marcas de combate eu tenho. Sabe que eu não sei! Tenho que pensar ais profundamente nisto, pois tenho por hábito mudar de foco. Se alguma coisa me incomoda, mudo de foco, deixo de lado.
    Bjs

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  3. Oi Cristiane!
    Coisa linda esse entendimento!Refletir a cerca das marcas dos combates e perceber que superamos!
    Adorei!
    As mandalas ficam lindas! Parabéns ao grupo!
    Feliz semana, beijo carinhoso!

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  4. Cris, que bela postagem! Li e li novamente!
    Gostei desta visão sobre a idade da mulher e das palavras de Jung.
    Um beijo e bons dias!

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  5. Oi Cristiane, em engenharia, diz-se das fissuras ou rachaduras em edificações, às vezes devidas ao recalque diferencial, fenômeno natural devido às diversas pressões em sentidos contrários. Em psicanálise diz-se recalque, às nossas frustrações não deglutidas psicologicamente e armazenadas no inconsciente. Realmente, para tirar "essa minhoca da toca", só a aceitando e ridicularizando seus efeitos. Mas como chegar nela? Creio que só com a hipnose ou a tal neurolinguística... É isso mesmo, ou estou errado? Sou engenheiro não sou parapsicólogo. Achei lindíssimo o texto e muito útil à mulher ou ao homem. Grande abraço. Laerte.

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  6. Cristiane , só aprendo com você .
    Serei sempre grata .
    Postei no blog o poema da Pesha Joyce Gertler , com o qual você nos brindou no último
    mês de agosto , com os devidos créditos . Apareça por lá .
    Beijos e boa semana

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